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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 46-47 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 46-47 (December 2018)
EP‐026
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A RESISTÊNCIA À POLIMIXINA EM INFECÇÕES DA CORRENTE SANGUÍNEA POR KLEBSIELLA PNEUMONIAE PRODUTORA DE KPC TEM IMPACTO NA TAXA DE MORTALIDADE?
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Priscila Pereira Dantas, Willames Brasileiro Martins, Diego Olivier Andrey, Ana Cristina Gales, Eduardo Alexandrin Medeiros
Escola Paulista de Medicina (EPM), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
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Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 7 ‐ Horário: 10:37‐10:42 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: As infecções por Kebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase do tipo KPC (kpn‐KPC) têm sido uma preocupação mundial pela capacidade de adaptação ao ambiente hospitalar e alta mortalidade. O crescente aumento da resistência às polimixinas nesses isolados tem dificultado ainda mais o tratamento.

Objetivo: Comparar características e desfechos clínicos de pacientes com isolados de kpn‐KPC resistentes e sensíveis à polimixina isolados em hemoculturas

Metodologia: Foi feito estudo retrospectivo, que avaliou 127 isolados de kpn‐KPC, obtidos a partir de hemoculturas de pacientes admitidos em hospital universitário, de 2014 a 2016. A identificação dos agentes foi feita inicialmente a partir do método automatizado Phoenix e posteriormente avaliados por espectrometria de massa (MALDI‐TOF). A produção de carbapenemase foi confirmada por reação em cadeia de polimerase (PCR). A avaliação da sensibilidade às polimixinas e determinação das concentrações inibitórias mínimas (MIC) de meropenem foi feita por microdiluição em caldo e de amicacina por ágar diluição. Os dados clínicos foram obtidos a partir de análise de prontuários.

Resultado: A partir dos 127 isolados, 66 (52%) foram resistentes e 61 (48%) foram sensíveis à polimixina. Entre os isolados resistentes à polimixina, a maioria foi do sexo masculino (65%) (p=0,069), a maior parte das infecções foi de origem gastrintestinal (25%) (p=0,032), tinham MICs mais elevados para meropenem (p=0,005) e eram mais resistentes à amicacina (61,5%) (p=0,001). Quanto ao tratamento usado, a maioria dos pacientes com isolados resistentes à polimixina usou terapia empírica inadequada (86,2%), enquanto cerca de metade daqueles com isolados sensíveis usou terapia adequada (51,7%), com pelo menos um antimicrobiano ativo (p<0,001). Em relação ao desfecho clínico em 30 dias, não houve diferença significativa na sobrevida entre os grupos resistente (24,96%) e sensível (38,09%) à polimixina (p=0,312).

Discussão/conclusão: Os dados demonstram uma elevada taxa de mortalidade entre os pacientes com bacteremia por kpn‐KPC, com altos percentuais de resistência às opções mais comuns de tratamento usadas, reforçaram assim a necessidade de medidas de prevenção das infecções por esse agente e tratamento mais eficiente.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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