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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 22-23 (December 2018)
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11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 22-23 (December 2018)
OR‐41
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DETERMINAÇÃO GENOTÍPICA DE FATORES DE VIRULÊNCIA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADOS DE INDIVÍDUOS DIABÉTICOS INSULINO‐DEPENDENTES
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Nathalia Bibiana Teixeira, Matheus Cristovam Souza, Thais Aline Monteiro Pereira, Bibiana Prada de C. Colenci, Carlos Magno C. Branco Fortaleza, Maria Lourdes R.S. Cunha
Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Botucatu, SP, Brasil
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Ag. Financiadora: Capes

N°. Processo: ‐

Data: 19/10/2018 ‐ Sala: 3 ‐ Horário: 15:40‐15:50 ‐ Forma de Apresentação: Apresentação oral

Introdução:Staphylococcus aureus é comumente relacionado a quadros infecciosos graves tanto em infecções hospitalares quanto nas adquiridas na comunidade, além de ser capaz de colonizar indivíduos saudáveis. Indivíduos diabéticos, em especial aqueles que fazem uso diário de insulina, são considerados grupos de risco para infecções graves.

Objetivo: Analisar o potencial patogênico de isolados de S. aureus sensíveis e resistentes à meticilina (MSSA e MRSA) através da detecção dos genes das enterotoxinas (sea, seb e sec‐1), toxina da síndrome do choque tóxico (tst), leucocidina de Panton‐Valentine (pvl), hemolisinas alfa e delta (hla e hld), toxinas esfoliativas (eta, etb) e biofilme (operon icaADBC).

Metodologia: Foram estudadas 102 amostras de S. aureus obtidas a partir da coleta de swab nasal e orofaríngeo de 279 indivíduos diabéticos insulino‐dependentes do município de Botucatu, SP. As colônias foram isoladas em Ágar Baird‐Parker, meio seletivo para Staphylococcus spp., identificadas e submetidas às reações de Polymerase Chain Reaction (PCR) para detecção do gene de resistência à meticilina (mecA) e dos genes de virulência descritos acima.

Resultado: Dos 102 isolados de S. aureus, 13 apresentavam o gene mecA, eram, portanto, MRSA. Quanto à análise dos fatores de virulência, no geral notou‐se que 62,7% (64) dos isolados carreavam pelo menos um dos três genes das enterotoxinas testadas (sea, seb e sec‐1), 10,7% (11) carreavam o gene tst da síndrome do choque tóxico e apenas uma amostra foi positiva para o gene eta das esfoliatinas. Para as hemolisinas, a análise revelou que 80,4% (82) das amostras tinham ambos os genes testados (hla e hld). Apenas 6,9% (sete) das amostras tinham o operon ica completo (icaADBC) para produção de biofilme, embora 92,1% (94) tivessem os genes icaA e icaD, simultaneamente. Nenhuma das amostras de S. aureus do estudo carreava o gene etb ou pvl. Em relação às amostras de MRSA, observou‐se que 92,3% (12) tinham os genes icaA e icaD do biofilme, 53,8% (sete) foram positivas para o gene da enterotoxina A (sea), 84,6% carreavam o gene hla e 92,3% (12) carreavam o gene hld.

Discussão/conclusão: A análise do perfil de virulência demonstrou o alto grau de patogenicidade dos isolados resistentes (MRSA) e dos sensíveis (MSSA) carreados pelos diabéticos. Uma vez que esses indivíduos são mais suscetíveis às infecções persistentes, a colonização com cepas potencialmente patogênicas pode contribuir para disseminação de isolados virulentos e dificultar o tratamento de infecções na população estudada.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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