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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 50 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 50 (December 2018)
EP‐032
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DISTRIBUIÇÃO DA TITULAÇÃO DO VDRL EM RECÉM‐NASCIDOS COM SÍFILIS CONGÊNITA EM RELAÇÃO AO VDRL DA GESTANTE
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Mônica Taminato, Cristiano Leonardo O. Dias
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
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Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 8 ‐ Horário: 10:51‐10:56 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: A sífilis congênita (SC), doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, de transmissão vertical da gestante/feto, é um problema de saúde pública. O manejo da SC é de fácil prevenção e tratamento, com protocolo bem estabelecido e assistência ao pré‐natal de qualidade.

Objetivo: Descrever a distribuição da titulação do Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) em recém‐nascidos com SC em relação às gestantes com sífilis em município da região Norte de Minas Gerais.

Metodologia: Estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi feita em junho de 2018 no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do município estudado. Foram notificados 57 casos de sífilis congênita em 2017. As variáveis avaliadas: idade, etnia/cor, escolaridade, diagnóstico de sífilis materna e titulação do VDRL da mãe e da criança. Parecer 2.645.902. A análise descritiva foi feita com o SPSS 20.0.

Resultado: Na variável idade da mãe, a idade mínima encontrada foi de 15 anos e máxima de 37, com média de 22,5 anos (DP: 5,41). Em relação à etnia/cor da pele, 84,6% declararam a cor parda. Em escolaridade, 18 mulheres (31,6%) tinham estudado até o ensino médio incompleto, 22,8% tinham o ensino médio completo e apenas 1,8% com ensino superior completo. O diagnóstico da sífilis materna ocorreu durante o pré‐natal em 46 (80,7%) casos de SC notificados e com 17,5% dos diagnósticos de sífilis feitos no momento do parto/curetagem. Na mãe o valor mínimo de titulação foi 1:1 e máximo de 1:512, o valor mínimo e o máximo na criança foram 1:1 e 1:32 respectivamente. A distribuição da titulação para mãe: 1:1 (8,2%), 1:2 (14,3%), 1:4 (4,1%), 1:8 (28,6%) e titulação maior do que 1:8 foram 44,9% dos casos. Em relação à titulação do VDRL para a criança, os resultados foram: 1:1 (8,2%), 1:2 (20,4%), 1:4 (24,4%), 1:8 (26,5%) com 20, 4% como titulação superior a 1:8.

Discussão/conclusão: Estudo feito em gestantes com baixos títulos e confrontado com testes treponêmicos demonstrou que o VDRL usado como screening tem alta concordância com testes confirmatórios, mesmo na presença de baixos títulos (1:1), evidenciou‐se alto significado na predição para sífilis congênita. Verificou‐se uma grande variação na titulação do VDRL para mãe e o RN, apontou para um problema no diagnóstico da sífilis na gestação que compromete os neonatos e aumento da incidência de SC. O presente estudo aponta um dos focos para ações de reciclagem, prevenção e controle para o manejo da SC.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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