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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 134 (December 2018)
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11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 134 (December 2018)
EP‐193
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REVISÃO DO USO DO CATETER URINÁRIO: UMA MEDIDA EFETIVA NA PREVENÇÃO DA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
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Giovana Ciquinato Santos, Maria Fernanda Razaboni Del Conti, Reinaldo Pescaroli Neto, Renata Aparecida Belei, Claudia Maria Dantas Carrilho, Jaqueline Meira, Joseani Pascual, Neuza Paiva, Gilselena Kerbauy
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 7 ‐ Horário: 13:44‐13:49 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é uma resposta inflamatória mediante invasão e multiplicação de microrganismos nos tecidos estéreis do aparelho urinário. A cateterização urinária facilita a invasão e multiplicação dos microrganismos no trato urinário. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 80% dos pacientes cateterizados desenvolverão ITU relacionada ao cateter (ITU‐RC). Após a cateterização, o risco de multiplicação microbiana no dispositivo aumenta de 5‐10% ao dia e se torna presente em todos os pacientes em quatro semanas. Assim, a problemática das ITU‐RC está na permanência prolongada e desnecessária do cateter. Embora seja recomendada pela Anvisa, a rotina de revisão da necessidade de manutenção do cateter é inviável em muitos serviços, se considerarmos que requer investimento em tecnologias e recursos humanos.

Objetivo: Descrever a estratégia de notificação para revisão do uso de cateter urinário e seu impacto na prevenção das ITU‐RC.

Metodologia: Estudo prospectivo, de intervenção, feito em um hospital universitário do norte do Paraná, de agosto de 2015 a setembro de 2016. O estudo se dividiu em duas fases: Fase 1 ‐ Pré intervenção: seguimento diário dos pacientes em uso de cateter urinário; Fase 2 ‐ Intervenção: somou‐se ao seguimento diário dos pacientes a notificação de um alerta para retirada do cateter nos prontuários médicos. Para esse lembrete foi usado um carimbo e nele os médicos justificaram a manutenção do dispositivo urinário ou prescreveram a retirada. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da instituição (CAAE n°43013315.8.0000.5231).

Resultado: Houve seguimento contínuo e diário de 656 pacientes até o desfecho (alta ou óbito). Desses, 17% (134) sofreram a intervenção do carimbo. Entre os pacientes cujos médicos foram alertados para revisar o uso do cateter, a ITU‐RC foi significativamente menor (30,3%, p<0,01) quando comparada com os que não sofreram a intervenção (69,7%). A intervenção também contribuiu para redução no número de exposições ao cateterismo (29,1%, p=0,01), se considerarmos que entre os pacientes que não foram notificados 70,9% sofreram mais de uma cateterização.

Discussão/conclusão: A estratégia simples e inovadora de usar um carimbo para lembrar à equipe médica de revisar o uso do cateter mostrou‐se efetiva no controle da ITU‐RC e também na redução da exposição dos pacientes ao risco desse procedimento invasivo.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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