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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 048
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APRESENTAÇÃO DE LEISHMANIOSE VISCERAL EM PACIENTE PÓS-COVID GRAVE: UM RELATO DE CASO
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Ana Carolina de Almeida Milagresa, Gerdson Magno Barbosaa, Ricardo Luiz Fontes Moreiraa, Raphael Pereira Mendonçab, Fernanda de Quintino Soares Velosob, Barbara Lenoir Rabeloa, Frederico Prado Abreua, Vinícius Torres Leitea, Livia Pamplona de Oliveiraa, Paula Peixoto Tavaresa, Izabel Aparecida Coelhoa, Cecília Faria Wolkartta, Natália Soares Albuquerquea, Angelica Fernandes Teixeiraa, Pricila Carolinda Andrade Silvaa, Neimy Ramos de Oliveiraa, Ana Luiza Barbosa Souzaa
a Hospital Eduardo de Menezes (HEM), Belo Horizonte, MG, Brasil
b FAMINAS-BH, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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As Leishmanioses constituem um grupo de doenças que refletem grave problema de saúde pública no Brasil. A fisiopatologia da leishmaniose visceral (LV) parece estar intimamente relacionada as diferentes espécies causadoras da doença e à estreita relação da resposta imune do indivíduo contra o parasita. Após a infecção inicial, alguns indivíduos podem evoluir com formas assintomáticas e cura espontânea, enquanto outros podem evoluir com forma graves. Indivíduos que desenvolvem alguma imunossupressão podem apresentar quadro de LV muito além do período habitual de incubação. Questiona-se a possibilidade da desregulação do sistema imunológico secundária a infecção grave por coronavírus (COVID 19) ter sido um fator facilitador para apresentação da LV clinicamente manifesta no caso descrito. O objetivo do estudo é descrever um caso de paciente jovem, pós COVID 19 grave, evoluindo com febre de origem indeterminada. Trata-se de paciente, 24 anos, com obesidade grau II (IMC:36), diagnosticado com COVID 19 através de teste rápido de antígeno de swab da nasofaringe. Em unidade de terapia intensiva (UTI) no 9º dia de sintomas, necessitou de intubação orotraqueal, protocolo de prona e uso de antibioticoterapia. Recebeu alta da UTI tolerando bem desmame de oxigenioterapia. No 26º dia iniciou com febre persistente, sem foco identificado apesar de propedêutica extensa. No 29º dia foi verificada pancitopenia, não presente em exames prévios com hemoculturas negativas. Evoluiu com hipotensão e novo choque séptico, uso de drogas vasoativas, intubação e injúria renal aguda com terapia de substituição renal. Propedêutica complementar evidenciou esplenomegalia leve, visualizada em tomografia computadorizada de abdome. Provas inflamatórias elevadas assim como desidrogenase láctica e hiperferritinemia importante (>400000) e provas de hemólise negativas e pancitopenia em piora. Realizado mielograma no 13° dia de febre mantida com resultado de PCR para Leishmania positivo. Iniciado tratamento com Anfotericina B lipossomal, durante 7 dias (dose total de 20 mg/kg). Recebeu alta com exames melhorados, assintomático. Os quadros de febre persistente em pacientes sob terapia intensiva são um desafio para a equipe assistencial. Apesar das infecções associadas a assistência serem a principal causa de febre nesse contexto, pacientes que apresentam sintomas típicos de outras doenças infecciosas, necessitam de investigação, considerando o contexto epidemiológico do nosso país.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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