Journal Information
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
OR-22
Open Access
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA VACINAÇÃO DE HEPATITE B EM PACIENTES COM ESQUISTOSSOMOSE MANSONI HEPATOESPLÊNICA NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS, SÃO PAULO, BRASIL
Visits
971
João Vitor Matachon Viana, Marta Heloísa Lopes, Ronaldo Cesar Borges Gryschek, Maria Cristina Carvalho Espírito Santo
Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S2
More info
Introdução

A coinfecção, esquistossomose mansoni e vírus da hepatite B, aumenta a morbimortalidade dos portadores. No ano de 2012, desenvolveu-se um protocolo de vacinação aos pacientes da forma hepatoesplênica acompanhados no Ambulatório de Esquistossomose, em conjunto com o Centro Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Além da vacina de hepatite B, as vacinas antipneumocócica 23, dupla adulto, febre amarela, influenza, meningocócica C e COVID-19 foram contempladas.

Objetivo

O objetivo desse trabalho foi de avaliar a resposta sorológica a vacinação de hepatite B em 64 indivíduos com esquistossomose hepatoesplênica grave em seguimento no Ambulatório de Esquistossomose do HCFMUSP.

Método

Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e de corte transversal, o qual avaliou os prontuários dos pacientes em seguimento ambulatorial, no período de 2012 a 2022, e registros de doses de vacina aplicadas nos sistemas SICRIE e SIPNI. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE 42292820.6.0000.0068.

Resultados

Durante investigação sorológica pré-vacinal, observou-se que 17,2% (n = 11/64) dos pacientes apresentaram imunidade adquirida, devido a presença concomitante de anti-HBs e anti-HBc IgG ou total. Os demais que não tiveram contato prévio com o vírus da hepatite B, 62,7% (n = 32/51) realizam o esquema vacinal completo com três doses da vacina de hepatite B. A soroconversão, anti-HBs positivo, foi observada em 34,4% (n = 11/32) dos pacientes, 30 a 180 dias após a administração da última dose. Os negativos foram encaminhados para quarta dose da vacina de hepatite B.

Conclusão

O baixo percentual de pacientes com soroconversão pós-vacinal reforça achados de estudos anteriores, os quais indicam que as infecções por Schistosoma mansoni são capazes de influenciar a cinética de respostas de anticorpos induzidas por vacinas e desencadear diminuição da resposta imune contra a hepatite B, mesmo naquelas com baixa carga parasitaria. A priorização da vacina de hepatite B dos pacientes com forma grave de esquistossomose não foi suficiente para manter uma cobertura vacinal de hepatite B acima 95%. Para atingir essa meta, ações como a busca ativa e a requisição do cartão vacinal durante o seguimento serão necessárias.

Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools