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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
OR-23
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AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE PRIMÁRIA E SEGURANÇA DA VACINA DE HPV QUADRIVALENTE EM MULHERES TRANSPLANTADAS DE ÓRGÃOS SÓLIDOS
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Karina Takesaki Miyaji, Vanessa Infante, Camila de Melo Picone, Amanda Nazareth Lara, Joakin Dillner, Hanna Kann, Carina Eklund, Philippe Mayaud, Marta Heloisa Lopes, Ana Marli Christovam Sartori
Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

Pessoas imunocomprometidas apresentam alto risco de infecção persistente pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) e de cânceres associados. A melhor estratégia de prevenção é a vacinação de suscetíveis.

Objetivo

Avaliar imunogenicidade e segurança da vacina HPV quadrivalente (HPV4V) em transplantadas de órgãos sólidos, em comparação a mulheres imunocompetentes da mesma faixa etária.

Método

Ensaio clínico aberto, em que foram incluídas mulheres de 18 a 45 anos transplantadas de órgãos sólidos e imunocompetentes. Todas as participantes receberam três doses da vacina quadrivalente (HPV4V, aos 0, 2 meses e 6 meses). Foram coletadas amostra de sangue antes e um mês após a terceira dose da vacina para avaliação da resposta imune à vacinação, avaliada pela frequência de soroconversão e títulos médios geométricos [GMT] de anticorpos anti-HPV. Foi realizado ensaio de anticorpos neutralizantes baseado em pseudovírions (multiplexed pseudovirion-based serological assay [PsV-Luminex]). Eventos adversos (EA) solicitados, locais e sistêmicos, foram avaliados desde o momento da vacinação até sete dias após. EA graves não solicitados foram avaliados durante todo o período do estudo.

Resultados

Foram incluídas 125 transplantadas de órgãos sólidos (69 rim, 4 rim e pâncreas, 28 fígado, 17 pulmão e 8 coração) e 132 mulheres imunocompetentes, das quais 105 transplantadas e 119 imunocompetentes completaram o estudo. Houve diferença estatisticamente significativa na soroconversão entre os dois grupos: entre as transplantadas soronegativas na inclusão, a soroconversão variou conforme o tipo de HPV, 57% (HPV18), 69% (HPV6 e HPV16) e 72% (HPV11), enquanto 100% das imunocompetentes apresentaram soroconversão para os quatro tipos de HPV vacinais. Os GMT de anticorpos tipo-específicos também foram significativamente maiores nas imunocompetentes, para todos os tipos de HPV incluídos na vacina HPV4V. A frequência de eventos adversos após a vacinação foi semelhante nos dois grupos, com exceção de dor no local, mais frequente nas imunocompetentes, e náuseas após a 2ª dose, mais frequente nas transplantadas. Houve um óbito não relacioando à vacinação e uma transplantada apresentou rejeição e não retornou para avaliação.

Conclusão

A vacina HPV4V é segura nas mulheres transplantadas de órgãos sólidos, porém a resposta imune foi significativamente inferior quando comparada a mulheres imunocompetentes da mesma faixa etária.

Ag. Financiadora: FAPESP.

Nr. Processo: 2016/06942-6.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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