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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-044
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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE CHEMSEX EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO DEPARTAMENTO DE MOLÉSTIAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS DE UM COMPLEXO HOSPITALAR
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Felipe Arthur Faustino Medeiros, Pedro da Silva Campana, Gabriel Trova Cuba
Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

Chemsex é definida como a prática sexual com uso de substâncias psicoativas (SP). Há poucos estudos sobre a prevalência de Chemsex no Brasil, refletindo a precariedade de discussão acerca do tema, muito baseado no modelo de sociedade brasileira, o qual ainda tem o sexo como tabu. O uso de aditivos recreativos durante o sexo pode afetar nas práticas de prevenção à aquisição de infecções sexual transmissíveis (IST), diminuindo, por exemplo, o uso de preservativos e aumentando a exposição dos praticantes à adquirirem tais infecções. A necessidade de se conhecer sobre Chemsex dentro da prática de saúde se dá na urgência de se criar formas de acolher, respeitar e abrir diálogos acerca de formas de prevenção e promoção de saúde para com aquisição de ISTs dentro do atendimento diário.

Objetivo

O estudo visou averiguar o conhecimento dos profissionais acerca do tema, acessando conceitos de prevenção e promoção de saúde para com os usuários do nosso serviço.

Método

Estudo de coorte transversal, prospectivo, com aplicação de um questionário aplicado pelo REDCap, nos locais de atuação de profissionais do departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Complexo HC-FMUSP.

Resultados

Foram avaliados 62 profissionais no total, com prevalência de médicas e médicos (75%), mostrando 93% de respostas afirmativas entre médicos assistentes e 90% entre médicos residentes (p = 0,594) sobre o conhecimento acerca de Chemsex. Na discussão sobre orientação de redução de danos e efeitos no uso de Chemsex, apenas 30% dos profissionais médicos assistentes responderam afirmativamente sobre acreditar conseguir realizar tal orientação, comparado com 14% dos médicos residentes (p = 0,183). Quando comparados profissionais médicos com os demais profissionais da equipe multidisciplinar, obtivemos 23% e 21%, respectivamente (p = 0,610). Sobre o serviço de saúde, 87% dos participantes afirmaram que seus serviços nunca realizaram avaliação direta sobre uso de Chemsex entre seus pacientes. Apenas 29% dos participantes afirmaram ter recebido algum treinamento ou participado de alguma aula/palestra que abordasse sobre Chemsex e os riscos associados à sua prática.

Conclusão

O estudo mostrou que há uma paridade entre o conhecimento acerca de Chemsex e as principais substâncias envolvidas nessa prática, porém ainda um conhecimento limitado para orientação de práticas sexuais seguras no contexto de uso de SP e insegurança para orientar redução de danos aos seus pacientes na prática clínica.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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