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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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AVALIAÇÃO DO USO DO ESCORE IMPROVE-DD NA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO (TEV) EM PACIENTES COM COVID-19 E COMO PREDITOR DE RISCO DE GRAVIDADE E ÓBITO
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Ronney Argolo Ferreiraa,
Corresponding author
ronneyaf@gmail.com

Corresponding author.
, Lian Mascarenhas de Andrade Zanattaa, Juliane Bispo de Oliveiraa, Janaina Ibele Carvalho Gomesa, Luiz Rittb, Ana Thereza Cavalcanti Rochaa
a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
b Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivos

Pacientes internados por COVID-19 podem apresentar, na evolução da doença, lesão endotelial, aumento da viscosidade do sangue e estase por redução de mobilidade. Entre eles, há maior incidência de tromboembolismo venoso (TEV) e é preciso selecionar quem pode se beneficiar da tromboprofilaxia estendida após a alta hospitalar. O escore IMPROVE-DD é útil nesta avaliação, mas foi principalmente estudado nos Estados Unidos. Assim, este estudo correlaciona a incidência de TEV intrahospitalar em pacientes com COVID-19 de um hospital brasileiro com o uso do escore IMPROVE-DD, e analisa o mesmo escore como preditor de risco de gravidade e óbito.

Métodos

estudo retrospectivo entre pacientes com COVID-19 e suspeita de TEV, internados entre março de 2020 e setembro de 2021 em hospital privado de Salvador e que realizaram ultrassonografia com doppler venoso dos membros inferiores ou superiores, ou angiotomografia de tórax. Foram utilizadas análises estatísticas descritivas e teste chi-quadrado para identificar fatores associados ao risco de TEV, gravidade e óbito.

Resultados

Foram incluídos 517 pacientes. A incidência de TEV intrahospitalar foi 18,6% (96 casos). As seguintes correlações foram encontradas em pacientes com TEV: 36,5% eram obesos, 76% estavam em Unidade de Terapia Intensiva, 45,9% em uso de cateter venoso central (CVC), 69,8% internados por mais de 7 dias, 43,8% possuíam alterações tomográficas extensas em pulmão, 46,9% fizeram uso de ventilação mecânica (VM), 94% tinham D-dímero ≥ duas vezes o limite superior da normalidade e 75% apresentaram pontuação ≥4 no escore IMPROVE-DD (alto risco). À exceção de obesidade (p = 0,03), todas as correlações citadas tiveram p < 0,0001. A taxa de mortalidade foi de 14,1%, maior entre pacientes com TEV (24%) que sem TEV (11,9%), p = 0,003. Além do risco de TEV, o escore IMPROVE-DD ≥4 conseguiu identificar pacientes graves, com maior risco de envolvimento pulmonar extenso, de necessidade de CVC e de VM (p < 0,0001). Do total de 73 óbitos da amostra, 93% tiveram IMPROVE-DD ≥ 4 (p < 0,0001).

Conclusão

Pacientes com TEV morreram mais do que aqueles sem TEV. O escore IMPROVE-DD mostrou-se útil para identificar quem poderia ser beneficiado com a tromboprofilaxia estendida. O mesmo escore também foi capaz de prever gravidade e óbito. Estratificar riscos e chances de mortalidade dos pacientes de COVID-19 é necessário para que os serviços de saúde montem suas estratégias terapêuticas e de atendimento.

Palavras-chave:
COVID-19 Tromboembolismo venoso IMPROVE-DD
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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