Journal Information
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Full text access
BARTONELLA HENSELAE COMO UM POSSÍVEL GATILHO PARA REAÇÕES HANSÊNICAS CRÔNICAS TIPO 2
Visits
258
Luciene Silva dos Santosa,
Corresponding author
lucienesilvaflora@gmail.com

Corresponding author.
, Marina Rovani Drummonda, Nathalia Lopes Ioria, Isabela Maria Bernardes Goulartb, Andrea Fernandes Eloy da Costa Françaa, Elemir Macedo de Souzaa, Paulo Eduardo Neves Ferreira Velhoa
a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
b Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, MG, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

More info
Introdução

A hanseníase é uma doença milenar relacionada à pobreza, pois certas condições das populações menos favorecidas aumentam consideravelmente a exposição ao Mycobacterium leprae e ao Mycobacterium lepromatosis. Antes, durante ou mesmo após o término do tratamento para hanseníase, aproximadamente 30-50% dos pacientes desenvolvem reações inflamatórias agudas a antígenos micobacterianos, frequentemente localizados nos nervos periféricos. Essas reações inflamatórias são responsáveis pela maioria das deficiências físicas relacionadas a doenças infecciosas. Quando os pacientes apresentam reações hansênicas subsequentes, ou seja, por mais de seis meses, são considerados reações crônicas, sendo comum o envolvimento neural. Nesses casos, é necessário investigar fatores que possam atuar como desencadeadores dessas reações, incluindo coinfecções, ainda que subclínicas. A imunidade mediada por células Th1 desempenha um papel importante na evolução das infecções bacterianas intracelulares e, portanto, na evolução da hanseníase e suas reações. Há evidências de que a imunidade mediada por células também está intimamente relacionada com a patogênese e controle da infecção por Bartonella spp.. Essas bactérias podem causar infecção assintomática e são responsáveis por doenças emergentes e reemergentes. A coinfecção por B. henselae em paciente com reação hansênica crônica acompanhado na UNICAMP já foi descrita. Neste paciente houve melhora completa das reações com o tratamento para B. henselae.

Objetivo

Avaliar a ocorrência de infecção por Bartonella sp. Em amostras de sangue de pacientes que tiveram episódios subintrantes de reações hansênicas tipo 2 por mais de seis meses, comparando-os com um grupo controle.

Métodos

Foram utilizados métodos microbiológicos e moleculares (PCR) em amostras de sangue de pacientes de dois centros de referência para o tratamento da hanseníase no sudeste do Brasil. A evolução de pacientes com DNA de Bartonella sp. Detectado em um dos centros também foi observado.

Resultados

Houve maior prevalência de infecção por Bartonella henselae em pacientes, 19/47 (40,4%), em comparação com o controle, 9/50 (18,0%), p = 0,0149. Cinco pacientes aceitaram o tratamento para coinfecção e todos apresentaram melhora das reações hansênicas com o tratamento da infecção por B. henselae.

Conclusão

Conclui-se que essas bactérias podem desencadear reações crônicas da hanseníase tipo 2 e devem ser investigadas nesses pacientes.

Palavras-chave:
Bartonella Coinfecção Hanseníase Eritema Nodoso
Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools