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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
ÁREA: COVID-19EP-233
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CARACTERIZAÇÃO DOS PACIENTES QUE EVOLUÍRAM COM LESÃO RENAL AGUDA NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA PARA COVID-19 NO ESTADO DA BAHIA EM 2020
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Mariana Souza Santos Oliveiraa,b,c, Acácia Mayra Pereira Limaa,b,c, Lindracy Luara Bollis Caliaria,b,c, Caroline Castro Vieiraa,b,c, Áurea Angelica Pastea,b,c, Luis Eugenio de Souzaa,b,c, Ceuci Nunesa,b,c
a Instituto Couto Maia (ICOM), Salvador, BA, Brasil
b Instituto de Saúde Coletiva (ISC), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
c Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Salvador, BA, Brasil
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Introdução

O Instituto Couto Maia (ICOM) foi o primeiro hospital da Bahia a se tornar referência para assistência aos pacientes regulados, suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Nesse período, foram atendidos muitos pacientes com quadro clínico de maior ou menor gravidade, que apresentaram diversas complicações com desfechos variados. A literatura tem registrado que a lesão renal aguda (LRA) em pacientes hospitalizados com COVID-19 está associada a um pior prognóstico e a maior mortalidade. Além disso, outros fatores estão associados ao desenvolvimento de LRA, como gênero masculino, idade igual ou superior a 60 anos e a presença de comorbidades como obesidade, Diabetes, Hipertensão Arterial Sistêmica e outras Doenças Cardiovasculares.

Objetivo

Caracterizar o perfil demográfico e clínico dos pacientes hospitalizados com COVID-19 no ICOM, durante o ano de 2020, que desenvolveram LRA durante o internamento.

Método

Estudo transversal com base em dados obtidos nos prontuários da instituição hospitalar ICOM e exportados para o RedCap®, coletados entre 2020-2021, referentes aos pacientes internados por COVID-19, no ano de 2020. Os dados foram analisados no software Stata-17, onde foi realizada a análise descritiva de frequência e proporções.

Resultados

Durante o ano de 2020, foram atendidos 1.768 pacientes com suspeita ou diagnóstico de COVID-19 no ICOM. Desses, 329 (18,6%) desenvolveram LRA como complicação. Dos pacientes com LRA (329), 78,11% foram a óbito e 13,67% tiveram alta. A maioria era do sexo masculino (62,61%) e estava na faixa etária de 60 anos ou mais (62,91%). Além disso, dentre esses 329 pacientes que desenvolveram LRA, a maioria era de hipertensos (63,52%), muitos eram diabéticos (44,07%), obesos (23,1%) ou portadores de doença cardiovascular (22,49%). Curiosamente, havia doença renal crônica prévia em apenas 6,38% deles. A grande maioria (86%) dos pacientes que tiveram LRA foram internados, desde o momento da admissão, em Unidade de Terapia Intensiva.

Conclusão

Na experiência do ICOM, a ocorrência de LRA em pessoas com COVID-19 está associada a um prognóstico evolutivo desfavorável, incluindo uma taxa de mortalidade mais elevada. Os fatores associados ao desenvolvimento de LRA encontrados nesse estudo coincidem com os que vêm sendo observados na literatura sobre o tema.

Ag. Financiadora

CNPQ.

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