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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
ÁREA: COVID-19OR-43
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COVID-19 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE BOTUCATU-SP: TENDÊNCIA E ANÁLISE DE CARACTERIZAÇÃO CLINICO EPIDEMIOLÓGICA NOS DOIS ANOS PANDÊMICOS
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Karen Ingrid Tasca, Camila Gonçalves Alves, Heloiza T.F.C. Silva, Cláudia P. Rubio Vidotto, Maria M. Alves Araújo, Flávia Daniela Zamoner, Cristiane A.A. Vicente, Ana Daniele Oliveira, Vanessa C.M. Rocha, Carlos M.C.B. Fortaleza
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

Entre os casos diagnosticados de SARS-CoV-2, apesar de crianças e adolescentes serem os menos acometidos, no Brasil foram registrados cerca de 2.500 óbitos por Covid-19 nesta população. Em Botucatu/SP, a tendência de casos e internações nessa população merece ser investigada, considerando a influência da vacinação em massa dos munícipes adultos em mai/2021, do retorno às aulas presenciais em ago/2021, do surgimento da ômicron em dez/2021 e do início da vacinação em crianças em fev/2022.

Objetivo

Analisar a tendência e o perfil clínico e epidemiológico dos casos de Covid-19 registrados em Botucatu-SP em crianças e adolescentes, no período de março de 2020 a março de 2022.

Método

Trata-se de estudo descritivo a partir dos dados de vigilância epidemiológica do município (E-sus, SIVEP-gripe e Vacivida), utilizando Modelo de Regressão de Poisson, Teste T e Gamma. Foram investigadas informações clínicas e gravidade da doença, para casos suspeitos de SARS-CoV-2 em menores de 18 anos (população estimada: 34.000 habitantes), e internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Resultados

De 28129 casos suspeitos de infecção por SARS-CoV-2, 7204 (25,6%) foram confirmados. Cerca de 80% desta população era composta por não vacinados. Sintomatologia esteve presente em 83% dos casos de Covid-19 e maior prevalência foi observada entre dez/2021 a fev/2022. Casos de internação por Covid-19 foram também mais evidentes em jan-fev/2022, e SRAG por outras causas, ocorreu no período anterior, de ago/2021 a jan/2022. Entre os 853 casos notificados de SRAG, 31 (3,6%) eram de Covid-19, acometendo principalmente as crianças de 0-10 anos (83,9%). Em hospitalizados por Covid-19: 38,7% apresentavam comorbidades e 26% necessitaram de UTI (vs 9% SRAG não-Covid-19, p = 0,002); houve maior tempo de internação (7,8 dias vs 5,0 dias, p < 0,001) e a taxa de óbito foi de 3,2% (vs 0,9% SRAG não Covid-19, p = 0,01).

Conclusão

Apesar da imunidade de rebanho possivelmente refletir em diminuição de casos de Covid-19 em crianças, o retorno às aulas aumentou substancialmente casos de SRAG não Covid, e a ômicron evidentemente contribuiu no maior número de casos de SRAG por Covid-19 nessa população. Portanto, há necessidade de políticas públicas que oportunizem medidas de restrição e diagnóstico precoce de Covid-19, especialmente no ambiente escolar, local de potencial impacto na cadeia de transmissão e que pode impulsionar surtos desta e de outras doenças.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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