Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 128
Full text access
EFETIVIDADE DO ESQUEMA DE PRIMEIRA LINHA BASEADO EM DOLUTEGRAVIR: DADOS DE VIDA REAL DO CENTRO DE REFERÊNCIA DE SALVADOR, BRASIL NO PERÍODO DE 2017 A 2020
Visits
1337
Maria Fernanda Bahiaa, Ana Júlia Araujoa, Gabriela Martinsb, Monaliza Rebouçasc, José Adriano Góisc, Simone Murtac, Miralba Freireb, Fabianna Bahiac
a Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP), Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador, BA, Brasil
b Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
c Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP), Salvador, BA, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução

A terapia antirretroviral combinada (TARVc) é fundamental no controle da AIDS, evita novas infecções e traz importante melhoria na qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV (PVHIV). No Brasil, o Dolutegravir (DTG) foi incorporado ao esquema inicial preferencial em 2017 e mostrou-se eficaz e seguro em diversos cenários. O objetivo desse estudo foi analisar a eficácia do DTG como primeiro esquema de tratamento em 2017, no Centro especializado em assistência, ensino e pesquisa em Salvador/BA.

Método

Trata-se de um estudo de coorte que analisou os prontuários de PVHIV, acompanhadas no CEDAP. Foram incluídos os maiores de 18 anos, que iniciaram a TARV em 2017, avaliados até 31/12/2020. A resposta terapêutica foi avaliada pela carga viral (CV), considerando-se “sucesso virológico” os exames pós TARVc com CV < 1000 cp/ml. A adesão foi avaliada por meio da contagem anual das retiradas de ARV, sendo definida “boa adesão” as retiradas superiores a 80%. Os dados foram analisados no SPSS (versão 20.0), através de estatística descritiva e inferencial. Foram considerados estatisticamente significantes os valores de p < 0,05. Este estudo é parte do projeto “ECOAH”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da SESAB.

Resultados

Foram incluídas 196 PVHIV, com média de idade foi 33,1 anos (±10,6), predominío do sexo masculino (60,7%), solteiros (71,4%) e autodeclarados negros e pardos (90,6%). Do total, 140 (71,4%) iniciaram a TARVc com Tenofovir, Lamivudina e Dolutegravir. O tempo médio para início da terapia foi de 27,5 dias (±43,2). Em média, o exame de controle e avaliação da resposta ao tratamento foi realizado em 27 semanas (±12,0). Para 60% esse tempo foi de até 24 semanas. A taxa de CV > 1000 cp/ml foi 14,8% em esquemas contendo DTG, versus 18,9% em esquemas sem DTG (p > 0,05). A resposta virológica foi pior entre indivíduos com CD4 < 200 cél/mm3 (p < 0,05; RR = 3,1) e com diagnóstico de tuberculose (p < 0,05; RR = 2,0). Não houve diferença nas taxas de adesão entre os sexos ou relativo à TARVc. No entanto, observou-se que o uso de esquema sem DTG aumentou 4 vezes o risco de troca de TARVc (10,7% esquemas com DTG versus 55,4% esquemas sem DTG; p < 0,01; RR = 4,0).

Conclusão

O estudo revela que o uso DTG no início do tratamento melhora as taxas de supressão viral e de adesão à TARVc. O DTG demonstrou ser uma droga mais tolerável e garantiu redução da necessidade de trocas do esquema terapêutico.

Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools