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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-143
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ESPOROTRICOSE DISSEMINADA EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE
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Andréia Luísa Duarte Martins, Andressa de Deus Mateus, Edilbert Pellegrini Nahn Junior
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Introdução

A esporotricose é uma infecção subaguda ou crônica que é causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii. É possível caracterizar a doença pela presença de lesões do tipo polimórficas que afetam a pele e o tecido subcutâneo, frequentemente acometendo, também, os linfonodos adjacentes. Trata-se de uma doença universal, contudo, é mais prevalente em regiões de clima tropical e subtropical.

Objetivo

Descrição de um relato de caso de esporotricose disseminada em sua variação cutânea.

Método

Relato de caso.

Resultados

Paciente sexo masculino. 82 anos. Mecânico (aposentado). Hipertenso e portador de hidrocefalia de pressão normal, em uso regular de Losartana. História pregressa de Hanseníase Tuberculoide, tratado com poliquimioterapia esquema paucibacilar, recebendo alta em 2011. Apresentou quadro de feridas nas pernas com evolução de um mês e meio, sem sintomas sistêmicos associados. Inicialmente recebeu diagnóstico de impetigo, mas não obteve resposta clínica para a antibioticoterapia. O quadro evoluiu para acometimento nasal e, a partir de então, foi levantada a hipótese diagnóstica de reação hansênica, e por esse motivo, encaminhado para seguimento no Centro de Referência de Hanseníase do Município. Na ocasião, apresentava ulcerações em membros inferiores, além de erosões e múltiplas pápulas eritematosas. Na face, apresentava lesão crostosa infiltrada em ponta nasal e algumas lesões satélites em região malar. Questionado o paciente referiu contato com gato portador de lesões cutâneas, sendo então aventado a hipótese de esporotricose disseminada. Realizada a coleta de secreção da lesão ulcerada da perna direita para cultura, a qual ocorreu crescimento do Sporothrix. Iniciou-se tratamento com Itraconazol 400 mg/dia e, após um mês, o paciente retornou ao serviço de dermatologia com melhora importante das lesões. Solicitado teste rápido para HIV, sífilis, hepatite B e hepatite C, sendo todos não reagentes. Após três meses de tratamento medicamentoso, o paciente apresentou melhora clínica, mantendo apenas discreto eritema e infiltração em ponta nasal, ajustado itraconazol para 200 mg/dia. O referido paciente segue em acompanhamento ambulatorial.

Conclusão

O caso clínico apresentado demonstra uma situação de esporotricose disseminada em paciente imunocompetente. Nesse sentido, é importante considerar o aspecto epidemiológico da doença a fim de permitir um diagnóstico mais precoce e evitar possíveis complicações e lesões desfigurantes.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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