TY - JOUR T1 - INTERNAÇÕES POR COVID-19 EM MULHERES DE IDADE FÉRTIL NA REGIÃO NORDESTE: ESTUDO TRANSVERSAL JO - The Brazilian Journal of Infectious Diseases T2 - AU - Majima,Alexandre Akio AU - Ayres,Luma Moreira AU - Mello,Kelly Cristina Cabral AU - da Silva,Lucas Fonseca AU - Neres,Ana Luiza dos Santos AU - de Paula,Carolina Oliveira AU - da Silva e Sá,Gloria Regina AU - da Cunha,Maria Beatriz Assunção Mendes AU - Castro,Rodolfo de Almeida Lima SN - 14138670 M3 - 10.1016/j.bjid.2021.102036 DO - 10.1016/j.bjid.2021.102036 UR - https://www.bjid.org.br/en-internacoes-por-covid-19-em-mulheres-articulo-S1413867021005055 AB - Introdução/ObjetivoNo contexto de pandemia de COVID-19, é importante identificar os grupos de risco associados a piores prognósticos da doença. Objetivou-se analisar as internações de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 em mulheres de idade fértil na região nordeste de acordo com variáveis sociodemográficas, perfil de ser gestante ou puérpera e evolução. MétodosTrata-se de um estudo transversal a partir do banco de dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave, disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram incluídas mulheres em idade fértil (10 a 49 anos) residentes da região nordeste e que foram hospitalizadas por síndrome respiratória aguda grave e classificadas como casos suspeitos ou confirmados de COVID-19. As variáveis investigadas foram idade, raça, nível de escolaridade, ser gestante ou puérpera e evolução (cura ou óbito). Foram realizadas análises descritivas, bivariadas pelo teste qui-quadrado de Pearson e, por fim, análise multivariada por regressão logística, tendo como variável dependente a evolução. Incluíram-se, no modelo de regressão logística, as variáveis com p-valor < 0,20 na análise bivariada. Utilizou-se o método backward elimination para a obtenção do modelo final. O nível de significância adotado foi de 5%. ResultadosA população deste estudo foi 19.642 mulheres com idade média de 34,36 anos (desvio-padrão = 10,17), em que 3.128 (15,93%) são gestantes ou puérperas. Na análise bivariada, todas as variáveis apresentaram significância estatística em relação à evolução. No modelo final da regressão logística, as faixas etárias de 21 a 30 (OR = 1,79; IC95% 1,28-2,53), de 31 a 40 (OR = 2,82; IC95% 2,08-3,87) e de 41 a 49 (OR = 3,71; IC95% 2,76-5,08) ofereceram maiores chances de evolução para óbito tendo como referência a faixa etária de 10 a 20 anos. Contudo, o ensino médio (OR = 0,63; IC95% 0,53-0,77) e o ensino superior (OR = 0,28; IC95% 0,21-0,36) reduziram as chances de óbito tendo como referência a ausência de escolaridade ou o ensino fundamental I. As gestantes ou puérperas também apresentaram menores chances de pior evolução (OR = 0,32; IC95% 0,24-0,42). ConclusãoVerificou-se que a idade avançada está associada ao pior prognóstico, enquanto a maior escolaridade e ser gestante ou puérpera apresentaram características de proteção. Portanto, apesar das gestantes ou puérperas serem consideradas grupos de risco, foi possível observar menor chance de óbito quando analisadas as internações. ER -