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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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FATORES PROGNÓSTICOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM LINFOMA E TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV NO RIO DE JANEIRO: UM ESTUDO MULTICÊNTRICO DE ANÁLISE DE SOBREVIDA
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Nathalia Lopez Duartea,
Corresponding author
nath_lopez@msn.com

Corresponding author.
, Ana Paula Silva Buenoa, Bárbara Sarni Sanchesa, Gabriella Alves Ramosb, Julia Maria Bispo dos Santosa, Cristiane Bedran Militoa, Thalita Fernandes de Abreua, Marcelo Gerardin Poirot Landa, Priscila Mazucanti Rossic
a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
c Hospital Municipal Jesus (HMJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

Linfomas relacionados ao HIV são geralmente agressivos e de mau prognóstico, apesar do uso de terapia antirretroviral combinada (TARVc) e do tratamento quimioterápico. Em crianças, com o sistema imune ainda em desenvolvimento, trazem sérias consequências.

Objetivo

Determinar a sobrevida e os fatores prognósticos em crianças e adolescentes no Rio de Janeiro (RJ), Brasil, vivendo com HIV/aids (CVHA) que desenvolveram linfomas.

Métodos

Estudo retrospectivo e observacional de pacientes infectados verticalmente, com idades entre 0 e 20 anos incompletos, durante os anos de 1995-2018, em 5 centros de referência para tratamento de HIV/AIDS e câncer pediátrico. Foram calculadas as probabilidades de sobrevida global (SG), de sobrevida livre de eventos (SLE) e de sobrevida livre de doença (SLD) dessa população. Foi realizada a análise uni- e multivariada por meio da regressão de Cox para determinação dos fatores prognósticos. Os riscos competitivos para os diferentes desfechos do estudo, em 20 anos, também foram calculados.

Resultados

Uma coorte de 1.306 pacientes foi inserida, e 25 deles desenvolveram linfomas. Dos 25 linfomas observados, 19 eram neoplasias definidoras de aids (ADM) e 6 eram neoplasias não definidoras de aids (NADM). As probabilidades de SG e de SLE em 5 anos foram 32,00% (95% IC = 13,72%–50,23%), e a probabilidade de SLD em 5 anos foi 53,30% (95% IC = 28,02%–78,58%). Na análise multivariada, o ECOG Performance Status (PS) 4 foi o único fator de mau prognóstico para a SG (HR 4,85, 95% IC 1,81–12,97, p = 0,002) e para a SLE (HR 4,95, 95% IC 1,84–13,34, p = 0,002). Na análise da SLD, o aumento da contagem de linfócitos T CD4+ foi o único fator encontrado e relacionado a um melhor prognóstico (HR 0,86, 95% IC 0,76–0,97, p = 0,017). Para morte devido à progressão da doença/resposta não completa, o risco competitivo foi de 40,00% (95% IC = 20,20%–59,80%); para morte relacionada ao tratamento foi de 20,00% (95% IC = 3,65%–36,35%), e para recaída foi de 12,57% (95% IC = 0,00%–26,70%).

Conclusão

Este é o primeiro estudo pediátrico brasileiro que demonstra a sobrevida e os fatores prognósticos de CVHA que desenvolveram linfomas. O PS 4 como fator de mau prognóstico para SG indica que pacientes com elevados graus de PS poderiam se beneficiar de quimioterapia de baixa intensidade até melhora do quadro clínico. Além disso, baixas contagens de linfócitos T CD4+ como fator de mau prognóstico para a SLD confirmam a importância da adesão à TARVc.

Palavras-chave:
HIV TARVc Linfoma Pediátrico Prognóstico
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