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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-168
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ÍNDICE DE SOBREVIDA EM PACIENTES DA COVID-19 INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM HOSPITAL DE FRONTEIRA AMAZÔNICA
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Iara de Melo Resende Veras, Emanuelly Leite Soares, Jordana Soares Farias Martins, Karina Valente de Morais Santos, Hugo Flávio Pereira Raposo, Thiago César Reis Pereira
Universidade Estadual de Roraima (UERR), Boa Vista, RR, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

As doenças respiratórias e cardíacas fazem com que os pacientes com Covid-19 tenham um pior prognóstico. Junto a isso, pessoas com diabetes mellitus (DM) têm 8,7 vezes mais chances de evoluir para óbito e pessoas com hipertensão arterial sistêmica (HAS) tem 7,4 vezes mais chances.

Objetivo

Definir as principais comorbidades associadas à forma grave da Covid-19 e ao óbito pela doença.

Método

Tratou-se de uma pesquisa quali-quantitativa, em que foi realizado um levantamento de dados por meio de análise de prontuários de pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Geral de Roraima (HGR) entre 01 de agosto de 2021 e 01 de outubro de 2021. O estudo é comparativo e descritivo e foram analisados 20 leitos, ao final do estudo. Foram inclusos indivíduos não indígenas, de ambos os sexos e com idades entre 18 e 90 anos, com diagnóstico de Covid-19, internados na UTI do HGR, em uso de ventilação mecânica invasiva ou oxigenoterapia de alto fluxo.

Resultados

Foram notificados 46 casos de pacientes de Covid-19 com comorbidades. A maioria dos casos ocorreu em pacientes de até 88 anos (81%). Em relação aos óbitos, 63,2% ocorreu em pacientes com idade entre 40 e 88 anos e a maior letalidade foi observada em idosos a partir de 80 anos. Ao considerar a faixa etária, a probabilidade de sobrevivência acumulada de indivíduos com até 39 anos foi de 88,7% e de indivíduos a partir de 40 anos foi de 69,7%. As principais comorbidades observadas foram a HAS (58,7%); DM (34,7%) e obesidade (17,4%). Destes, os pacientes do sexo masculino obtiveram probabilidade de sobrevivência de 40% e os do sexo feminino 60%, ao fim do período de observação. Houve, para todas as variáveis, diferenças estatisticamente significativas entre as curvas de sobrevivência entre os grupos (p < 0,001). Na análise não ajustada, observou-se que o efeito de todas as variáveis independentes foi significante para explicar o risco de ocorrência de óbitos por Covid-19. Na análise ajustada, as variáveis faixa etária e presença de comorbidades se mantiveram significantes para explicar o risco de ocorrência dos óbitos. Apresentaram maiores riscos de ocorrência de óbito por Covid-19 os indivíduos a partir de 40 anos (HR = 8,06; p < 0,001), do sexo masculino (hazard ratio = 1,45; p < 0,001) com comorbidades principais a HAS e DM (HR = 10,44; p < 0,001).

Conclusão

Os pacientes com comorbidades, principalmente HAS e/ou DM, evoluíram com a forma mais grave da Covid-19, além de terem maior risco para evolução ao óbito.

Ag. Financiadora

Financiamento próprio.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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