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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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PERFIL DE PACIENTES ATENDIDOS PARA REABILITAÇÃO PÓS COVID-19 EM CENTROS DE REABILITAÇÃO DA REDE SARAH
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Ana Claudia Paradella
Corresponding author
acparadella@hotmail.com

Corresponding author.
, Alfredo Carlos da Silva, Roberta Correa Macedo, Ana Karla Mendonça Vasconcelos, Valéria Bastos Muniz, Matheus Falcão Barros, Elaine Netto, Cruiff Emerson Pinto da Silva
Rede SARAH, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

Manifestações neurológicas relacionadas à COVID-19 são prevalentes e uma parcela dos pacientes acometidos apresentam sintomas que persistem além de 12 semanas, com impacto na qualidade de vida, caracterizando a “COVID longa”.

Objetivo

Descrever o perfil sociodemográfico e clínico e relatar a prevalência de queixas cognitivas, emocionais e motoras de pacientes atendidos nos Hospitais da Rede SARAH de Reabilitação em Salvador-BA e Fortaleza-CE.

Métodos

Estudo multicêntrico, descritivo e observacional, de corte transversal, realizado por meio de revisão de prontuários eletrônicos dos pacientes atendidos nos Hospitais da Rede SARAH das cidades Salvador e Fortaleza, de março a setembro de 2021.

Resultados

Participaram do estudo 611 pacientes (idade média de 53,4 anos), sendo 58,4% do sexo feminino. Três ou mais comorbidades foram relatadas por 38,6%, sendo hipertensão arterial (57,6%) a mais prevalente. Destacaram-se alterações neuropsiquiátricas (65,0%); da memória e da concentração (55,6%); dor (53,7%) e fadiga (51,6%) como principais sintomas persistentes. A maioria apresentava pontuação na Post COVID-19 Functional Status Scale (PCSF) maior ou igual a 2 (66,9%) e tinham 3 ou mais queixas persistentes (77,3%), sendo fadiga (55%) e dor (57,7%) as mais frequentes. Não houve associação entre severidade da infecção e status funcional reportado ao buscar a reabilitação. A maioria dos participantes avaliados não mostrava risco de queda pelo Timed Up and Go Test (TUG) (68,6%) e 93,9% (216) apresentavam velocidade de marcha média igual ou superior a 0.80 m/s. Analisando-se a severidade da COVID-19 com o TUG, identificou-se que pacientes que tiveram quadro grave ou crítico apresentaram risco moderado ou alto de quedas no teste (p = 0,02). Houve associação entre status funcional e velocidade de marcha (p = 0,01) e com a presença de fadiga como queixa persistente (p = 0,03).

Conclusão

O estudo contribui para conhecer o perfil sociodemográfico e clínico de pacientes que tiveram COVID-19, bem com os principais sintomas persistentes relacionados a COVID longa e o impacto na funcionalidade do indivíduo, para melhor definição da abordagem multidisciplinar e do plano de reabilitação.

Palavras-chave:
COVID Longa Manifestações Neurológicas Reabilitação pós-COVID
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