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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-128
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PESQUISA DE ASPERGILLUS SPP EM AMBIENTE HOSPITALAR: DADOS PRELIMINARES
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Luiza Ikeda Seixas Cardoso, Eduardo Bagagli, Rinaldo Poncio Mendes, Ricardo de Souza Cavalcante
Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
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Introdução

Infecções invasivas por fungos do gênero Aspergillus (AI) representam um crescente problema nos hospitais, devido ao aumento da população susceptível, tais como pacientes com neoplasias hematológicas sob neutropenia, transplantados de células tronco hematopoiéticas, transplantados de órgãos sólidos, portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica e pacientes sob cuidados intensivos. O ambiente hospitalar pode ser uma importante fonte de contaminação para estes pacientes de forma que um melhor conhecimento sobre esta questão pode contribuir para o controle da AI nos hospitais.

Objetivo

Avaliar a carga fúngica de Aspergillus spp isolados do ar de setores do hospital e associar com fatores climáticos.

Método

Entre 2021 e 2022, foram coletadas amostras de ar, nas quatro estações do ano, de unidades de internação (UIN) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP onde são hospitalizados pacientes susceptíveis ao desenvolvimento de AI. No mesmo momento da coleta foi realizado medida de temperatura e umidade locais. Os fungos foram isolados e submetidos a contagem, em unidades formadoras de colônias (UFC), bem como a identificação fenotípica. A contagem foi apresentada em mediana, primeiro e terceiro quartis, e comparadas pelo teste de Wilcoxon e as correlações feitas pelo método de Spearman. Valores de p menores de 0,05 foram considerados significativos.

Resultados

O isolamento de Aspergillus foi observado em todos os períodos do ano, sendo maior no inverno que nas demais estações do ano, que não diferiram entre si [inverno = 2,0 [1,0 – 3,0] UFC/UIN vs primavera = 0,0 [0,0 – 1,0] UFC/UIN vs verão = 0,0 [0,0 – 0,0] UFC/UIN vs outono = 0,5 [0,0 – 1,0] UFC/UIN; p < 0,01]. A espécie mais prevalente entre os isolados identificados foi A. flavus (40,0%) seguido de A. fumigatus (31,1%) e A. niger (28,9%). A. flavus foi observado predominantemente no período do inverno, onde representou 60,9% dos isolados. Houve uma correlação inversa entre a carga fúngica com temperatura (Coeficiente de Spearman = – 0,592; p < 0,01) e com umidade (Coeficiente de Spearman = – 0,645; p < 0,01).

Conclusão

Estes achados chamam a atenção para o predomínio da espécie A. flavus no ambiente hospitalar e pela maior carga fúngica observada no inverno, onde há menor temperatura e umidade, o que pode representar risco mais elevado de incidência de AI.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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