Journal Information
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-031
Open Access
TUBERCULOSE DISSEMINADA EM PACIENTE GESTANTE IMUNOCOMPETENTE
Visits
876
Manuel Victor Silva Inácio, Karollinne Comoreto Boza, Almir Conrado Lima, Conrado Felipe Lourenço Roque, Priscila Audibert Nader, Philipe Quagliato Bellinati, Walton Luis Del Tedesco Jr., Susana Liliam Wiechmann, Natalia Tauil Branco, Zuleica Naomi Tano
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S2
More info
Introdução

A tuberculose (TB) é uma importante causa de morbimortalidade materna no mundo todo. A maioria são mulheres infectadas pelo HIV que vivem em países subdesenvolvidos. Apesar da tuberculose afetar mais homens do que mulheres, elas ainda são responsáveis por 32% de todos os casos.

Objetivo

Relatar o caso gestante, imunocompetente, com tuberculose disseminada.

Método

Paciente 27 anos, gestante de 34 semanas com história de ITU de repetição, é encaminhada do consultório particular de pré-natal referindo febre 38°C, dor ventilatório- dependente e tosse não produtiva. Relata também cefaleia holocraniana há 12 dias com otalgia associada, náuseas e vômitos após o café da manhã. Esteve internada no Pronto Socorro Obstétrico por ITU sendo tratada com ceftriaxone por 5 dias. Apresentava ao exame físico de entrada: Hipocorada, desidratada +/4, eupneica em ar ambiente (sat.96% sem esforço), Anictérica, Acianótica, febril 38°C, SC: Sem linfonodomegalias, rigidez de nuca presente.ST: MV+SRA, BRNF2TSSSA: Abdome gravídico, RHA+, indolor à palpação. Membros: sem edema. Sinal de Lasegue positivo, Brudzinski positivo, Kernig neg. Optado por coleta de líquor: Leucocitós 805, Neutrofilos 90%, Linfócitos 9%, Monócitos 1%, Glicose 7, Cloreto 122, Proteína 116, Lactato 6,8. Bacterioscopia negativa. Iniciado tratamento com Ceftriaxone e dexametasona. Paciente apresentou melhora do estado geral, porém manteve febre e cefaleia, optado por troca dos antibióticos para Vancomicina e ampicilina e coleta de novo líquor assim como tomografia de crânio e tórax, visto que a gravidez foi interrompida no mesmo dia. O líquor de controle mostrou pesquisa positiva para BAAR e a TC de tórax: Micronódulos centrolobulares difusamente distribuídos em ambos os pulmões. Escavações com conteúdo aéreo de permeio nos lobos superiores. A paciente evoluiu com rebaixamento do nível de consciência necessitando de intubação orotraqueal (secreção traqueal positiva para BAAR).

Resultados

A TB na gestação é uma doença com morbimortalidade importante tanto para a mãe quanto para o recém-nascido. Não há relação entre a gestação e má evolução da TB e vice-versa. A gravidade da doença geralmente está relacionada a imunossupressão da mãe, relacionada a infecção pelo HIV, o que não foi o caso.

Conclusão

A TB disseminada é um evento raro em gestante imunocompetente. No Brasil onde a tuberculose possui prevalência alta, pacientes com queixa de tosse há mais de 2 semanas e febre persistente deverá ser investigada para infecção por Mycobacterium tuberculosis.

Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools