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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
ÁREA: INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE - IRASEP-180
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USO DO BANHO DE GLUCONATO DE CLOREXIDINA 4% EM GESTANTES NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE CESÁREA
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Claudia C.A.R. Vieira, Gabriella F.S. Ramos, Larissa P.A. de Oliveira, Adriana T. Reis, Natalie D.V.L. Costa, Priscilla B. Paiva, Hugo S.L. Mendonça
Instituto Fernandes Figueira (IFF), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

Dados do Sistema Único de Saúde mostram que a mortalidade materna após cesarianas é três vezes maior do que após parto normal. Diante disso, medidas de prevenção são impostas para controle e prevenção dessas infecções relacionadas à cesariana nos hospitais. Não há consenso na literatura em relação à efetividade do banho de antisséptico na prevenção de infecção de sítio cirúrgico (ISC), sendo tal estratégia reservada a cirurgias de grande porte, cirurgias com implante, surtos e descolonização por Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA). O gluconato de clorexidina 4%, conhecido como clorexidina degermante, é um antisséptico de amplo espectro, que atua como bactericida e bacteriostático, além de apresentar um bom efeito residual e uma ação de excelência em bactérias gram positivas. A taxa de infecção de sítio cirúrgico é um indicador nacional de notificação obrigatória, com isso, os hospitais precisam vigiar mensalmente seus dados.

Objetivo

Apresentar um relato de experiencia prático sobre a implementação da rotina de banho pré-cesariana como rotina em uma maternidade pública federal de alto risco.

Método

Trata-se de um relato de caso.

Resultados

Descrição do caso: No mês de outubro de 2021 houve uma curva ascendente de ISC, alcançando uma taxa de ISC de 15,1, sendo considerado um ponto astronômico ao ser comparado com a meta estabelecida de 1,9 pela Coordenação Estadual de Controle Hospitalar – RJ. Como plano de ação, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, em parceria com o setor de Obstetrícia, traçou condutas para controlar e reduzir a taxa ao mínimo aceitável. Após algumas reuniões, em que se procurou buscar os fatores que contribuíram para elevação desse indicador, chegou-se ao consenso de algumas estratégias. Dentre as medidas já existentes, como treinamento da higiene cirúrgica das mãos e controle ambiental, foi implementado o banho de clorexidina degermante em até 6 horas anteparto, baseado na melhor evidência disponível que respalda o uso em situações especiais como surto acrescido ao perfil microbiológico MRSA isolado nas amostras de ferida cirúrgica. Ao final de 5 meses da implementação da estratégia de controle de ISC, a taxa foi reduzida para zero.

Conclusão

A partir da melhoria dos indicadores das taxas de ISC em cesárias, julgamos a experiência positiva e tornou-se um protocolo institucional.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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