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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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ENDOCARDITE INFECCIOSA: ÍNDICE DE POSITIVIDADE E PERFIL MICROBIOLÓGICO NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE
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Viviane Horn de Melo
Corresponding author
vivianehorn168@gmail.com

Corresponding author.
, William Latosinski Matos, Alessandra Helena da Silva Hellwig, Grazielle Motta Rodrigues, Luciana Giordani, Juliana Bergmann, Larissa Lutz, Claire Beatriz Soares, Denise da Silva Menezes, Elisa Costabeber, Dariane Castro Pereira, Rodrigo Minuto Paiva, Afonso Luis Barth
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

A endocardite infecciosa é uma inflamação do endocárdio e das válvulas cardíacas comumente causada por microrganismos. Entre os fatores de risco estão o uso de dispositivos cardíacos, doença valvar e diabetes mellitus. A incidência, considerada rara, é de 3 a 10 casos a cada 100.000 pessoas; entretanto, é potencialmente fatal e de difícil diagnóstico. A mortalidade intra-hospitalar é de cerca de 18% e a mortalidade em um ano chega a 40%, atingindo principalmente idosos. Para o diagnóstico laboratorial, a hemocultura é o padrão ouro, porém, em grande parte dos casos, as infecções são causadas por bactérias fastidiosas, resultando em uma hemocultura negativa mesmo na presença do patógeno. O objetivo deste estudo foi avaliar a taxa de positividade e os patógenos identificados em amostras de hemocultura de pacientes com suspeita de endocardite internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Métodos

Foi realizado um estudo transversal descritivo retrospectivo utilizando os dados do sistema de informática laboratorial do período 2018 a 2022. Hemoculturas provenientes de pacientes internados com suspeita de endocardite foram incubadas no sistema Bact/Alert (bioMérieux, França) e a identificação bacteriana foi realizada pelo Vitek©MS (bioMérieux, França).

Resultados

No período analisado, foram encaminhadas amostras de 691 pacientes para pesquisa de endocardite com uma taxa de positividade de 6,8% (n = 47). As bactérias mais prevalentes foram as espécies de Staphylococcus coagulase negativa 47% (n = 22), dentre elas Staphylococcus epidermidis (n = 8), Staphylococcus hominis (n = 8) foram as mais frequentes, seguido de Staphylococcus capitis (n = 3), Staphylococcus haemolyticus (n = 2) e Staphylococcus lugdunensis (n = 1). Staphylococcus aureus foi detectado em 36% (n = 17) dos pacientes. Os demais patógenos identificados foram: Klebsiella pneumoniae (n = 3), Pseudomonas aeruginosa (n = 2), Serratia marcescens (n = 1), Enterobacter spp. (n = 1) e Acinetobacter lwoffii (n = 1). Um total de 70% dos pacientes (n = 33) tiveram duas amostras de hemocultura positivas para o mesmo microrganismo.

Conclusão

Este estudo indicou um predomínio de Staphylococcus em pacientes com suspeita de endocardite infecciosa. No entanto, não é possível definir a doença apenas com os dados microbiológicos pois, conforme Duke-ISCVID IE Criteria (2023), a avaliação dos dados clínicos e exames de imagem são necessários para complementar o diagnóstico.

Palavras-chave:
Endocardite infecciosa Diagnóstico microbiológico Hemocultura
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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