Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 243
Full text access
EPIDEMIOLOGIA E FATORES DE RISCO PARA MORTALIDADE EM BACTEREMIAS OCASIONADAS POR MRSA DE PORTO ALEGRE, RS
Visits
1625
Cezar Vinícius Würdig Richea, Rafael Mamedeb, Renato Cassolc, Diego Rodrigues Falcid, João André Carriçoe, Mario Ramireze
a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil
b Instituto de Microbiologia Molecular, Brasil
c Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre, RS, Brasil
d Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil
e Instituto de Medicina Molecular, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução/Objetivo

A epidemiologia das infecções por Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) é dinâmica, havendo aumento na prevalência de MRSA ocasionando infecções adquiridas na comunidade (CA) ou relacionadas à assistência à saúde (IRAS). O objetivo deste estudo foi avaliar a epidemiologia de infecções de corrente sanguínea ocasionadas por MRSA e avaliar os fatores de risco associados a mortalidade.

Métodos

Estudo de coorte, realizado em um complexo hospitalar da cidade de Porto Alegre (RS), entre abril de 2014 a junho de 2018. Os isolados foram avaliados por high-throughput sequencing (tecnologia Illumina) e as informações para tipagem foram obtidas. Teste de suscetibilidade aos antimicrobianos foram realizados por disco-difusão, conforme protocolos do EUCAST e a concentração inibitória mínima para vancomicina (CIM) foi determinada por fitas de gradiente. Dados clínicos e epidemiológicos dos pacientes foram obtidos através do prontuário eletrônico.

Resultados

Foram incluídos 91 pacientes. A média de idade foi 52,4 anos (DP +-23,1) e as comorbidades mais frequentes foram hipertensão (39,6%), diabete mellitus (37,4%) e doença cardiovascular (18,7%). A mortalidade intra-hospitalar foi de 33,0%. Não houve diferenças significativas em características epidemiológicas considerando a origem das infecções (AC x IRAS). A CIM para vancomicina variou de 0,5mg/L a 2,0mg/L com 59,3% dos isolados apresentado CIM ≥ 1,5mg/L. Um total de 29 (31,9%) isolados foram classificados como multidrogarresistente, sendo mais prevalentes entre às IRAS (p = 0,001). Considerando as sequencias tipo (ST) e complexos clonais (CC), ambos ST30 e CC30 estavam associados a infecções AC (p = 0,022 e p = 0.006). O CC5 estava associado a IRAS (p = 0,008), com todas as suas STs (ST105, ST1176, ST1635 e ST5521) estando relacionadas a IRAS. Considerando os fatores de risco para mortalidade: idade (p < 0,001), doença cardiovascular (p = 0,005) e elevado Charlson Comorbidity Index (p = 0,001) estavam associados a mortalidade na análise univariada, mas somente idade foi um de risco independente para mortalidade (IC 1.004-1.043; p = 0,017). Não foi evidenciada associação de CC, nem de características fenotípicas ou genotípicos com a mortalidade.

Conclusão

Foi observada elevada mortalidade intra-hospitalar e estava associada com a maiores idades. Além de não haver associação entre os CC e mortalidade, foi evidenciado que o CC30 (ST30-mecIVc-PVL+) foi o clone dominante entre as infeções AC.

Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools