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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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LETALIDADE DAS INFECÇÕES RELACIONADAS A ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS) ASSOCIADAS A GERMES COM RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA (RA) EM HOSPITAL GERAL TERCIÁRIO DE SÃO PAULO - SP (HMP) NO PERÍODO DE 2020 A 2022
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Francini Guerra Correa
Corresponding author
francinigc@gmail.com

Corresponding author.
, Juliana Viana Antero, Filomena Maria Colpas, Leopoldo Tosi Trevelin, Jessica Santos Pereira, Marcilia Rodrigues de Menezes Souza, Fernanda Rodrigues Reis, Cristiane Barbosa, Claudio Roberto Gonsalez
Hospital Municipal de Parelheiros, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

A presença de RA traz como consequências o aumento da morbi-mortalidade, da permanência hospitalar, utilização de drogas alternativas e encarecimento da assistência. Trata-se de um problema de saúde pública exacerbado no período da pandemia de COVID-19. Segundo o “Centers for Disease Control and Prevention – CDC-USA, mais de 2,8 milhões de infecções por RA ocorrem nos EUA e mais de 35 mil pessoas morrem/ano como resultado disso. Na União Europeia, a RA é responsável por cerca de 33 mil mortes/ano e estima-se que custe 1,5 bilhão de euros anuais em gastos com saúde e em perdas de produtividade. Avaliamos a correlação entre óbitos e RA em pacientes com IRAS do HMP, no período de 2020 a 2022.

Métodos

Estudo observacional da taxa de letalidade em pacientes com IRAS (critério ANVISA/COVISA) causadas por RA em pacientes internados no HMP no período de 2020 a 2022, através da análise retrospectiva das informações em banco de dados do Serviço de Controle de IRAS. Considerados como germes com RA os gram-negativos resistentes a carbapenêmicos e/ou cefalosporinas, gram-positivos resistentes à oxacilina e enterococos resistente a vancomicina. Foram analisadas 1.026 IRAS sendo considerados elegíveis 414 pacientes com IRAS, com desfecho conhecido (alta ou óbito) e presença de germe isolado. Também foram excluídos os pacientes transferidos para outras instituições.

Resultados

A letalidade para IRAS por RA observada nos anos de 2020, 2021 e 2022 foi de 92%, 78%, 73% respectivamente. Para os pacientes com IRAS e sem RA foi de 42,9%, 67,7%, 72,9% respectivamente para os anos 2020, 2021 e 2022. A análise global do período para os 414 pacientes demonstrou letalidade de 77% para pacientes com RA e 68% para pacientes sem RA.

Conclusão

Em 2020/2021 o HMP prestou atendimento exclusivo a pacientes com COVID-19 e a partir de 2022 assumiu caráter de hospital geral. Nesta análise pudemos observar alta letalidade nos pacientes com IRAS e RA especialmente em 2020 e 2021 período em que a COVID-19 esteve presente entre as comorbidades. No período de 2020-2022, dos 414 pacientes estudados, 207 (50%) estavam com RA e foram a óbito, 101 (25%) sem RA foram a óbito. Receberam alta 59 (14%) com RA e 47 (11,5%) sem RA. Os nossos dados demonstram o aumento da gravidade das IRAS na presença de comorbidades como a COVID-19 e na presença de RA com aumento da letalidade.

Palavras-chave:
Letalidade
Multirresistente
IRAS
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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