Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
ÁREA: INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDEPI 229
Full text access
ACINETOBACTER BAUMANNII E NÃO-BAUMANNII EM UNIDADE NEONATAL DO NORTE DO BRASIL: PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE INFECÇÕES DA CORRENTE SANGUÍNEA
Visits
1230
Marcilene Maria de Souza Vianaa, Irna Carla do Rosário Souza Carneiroaa, Danielle Murici Brasilienseb
a Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA, Brasil
b Instituto Evandro Chagas, Belém, PA, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução e objetivos

O Acinetobacter baumannii é patógeno associado a IRAS em unidades de terapia neonatais. Outras espécies de Acinetobacter tem sido relacionadas a infecções nosocomiais. Atualmente são conhecidas mais de 50 espécies do gênero Acinetobacter, sendo que as mais relevantes clínicamente estão no grupo denominado Complexo Acinetobacter baumannii-calcoaceticus (CABC), Diante deste cenário, é relevante investigar o perfil epidemiológico dos casos ICS relacionadas à assistência à saúde e associados às espécies de Acinetobacter baumannii e não baumannii, em pacientes internados na unidade neonatal de um hospital na região norte do Brasil, no período de 2012 a 2015. Com objetivo de investigar o perfil epidemiológico dos casos ICS relacionadas à assistência à saúde e associados às espécies de Acinetobacter baumannii e não baumannii, em pacientes internados na unidade neonatal de um hospital na região norte do Brasil.

Método

Estudo retrospectivo analítico, caso-controle não pareado, de 139 casos de ICS, sendo 75 casos por A. não baumanni e 62 neonatos com ICS por A. baumannii.

Resultados

prevalência de ICS por Acinetobacter ssp foi entre 31 a 36 semanas, 1001 a 1500 para A. baumannii e 1501 a 2500g para A. não baumannii. Ventilação mecânica por mais de 30 dias foi um fator de risco para aquisição de ICS por A. baumannii (OR = 3,78) com IC de 95% (1.55 - 9,24), enquanto que a NPP esteve associada às infecções por A. não baumannii (OR = 3,8), taxa de mortalidade para pacientes com A. baumannii foi de 40,6% e para A. não baumannii de 48%, probabilidade de sobrevida até o 15° dia de 74,9 para A. baumannii e 71,5 para o A. não baumannii.

Conclusão

Acinetobacter spp foi um importante agente causador de ICS nas unidades neonatais do hospital em estudo, tendo como alvo os recém-nascidos de baixo-peso, prematuros, em uso de procedimentos invasivos e nutrição parenteral, principalmente aqueles internados em unidade de terapia intensiva. A ventilação mecânica por mais de 30 dias esteve associada às ICS por Acinetobacter baumanni e uso de nutrição parenteral associada a ICS por Acinetobacter não-baumannii. Podemos observar ainda, uma alta taxa de óbito entre os pacientes com ICS causadas pelo Acinetobacter spp, sendo que não houve diferença significante entre a mortalidade nos dois grupos, revelado ainda importante surgimento das espécies A. não-baumannii como causador de IRAS, com destaque para o A. pittii com 38,8% dos casos de ICS.

Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools