Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 233
Full text access
ANÁLISE DESCRITIVA DAS TAXAS DE POSITIVIDADE E CONTAMINAÇÃO DE HEMOCULTURAS REALIZADAS EM OITO HOSPITAIS TERCIÁRIOS PRIVADOS DO RIO DE JANEIRO EM 2021 NA ERA DO COVID-19
Visits
1417
Mayra Lopes Secundo Diasa, Julio Cesar Delgado Correalb, Camille Alves Brito de Mourac, Leandro Augusto Ledesmac, Lilian Torres Rodrigues Oliveirac, Silvia Maria Araújod, Raynner Betzel Reetze, Hugo Henrique Alves Ferreiraf, Paulo Viera Damascoa
a Hospital, Universitário Gaffrée e Guinle, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Hospital Rede Casa Rio Laranjeiras, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
c Hospital Rede Casa de Portugal, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
d Hospital Rede Casa São Bernardo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
e Hospital Rede Casa Hospital Evangélico, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
f Hospital Rede Casa Italiano, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução/Objetivo

A hemocultura (HC) é o recurso laboratorial mais importante para o diagnóstico e a investigação da infecção de corrente sanguínea (ICS) e uma adequada interpretação dos resultados é fundamental para o manejo das bacteremias e o uso responsável de antimicrobianos. O objetivo deste estudo foi analisar as taxas de positividade e contaminação das HC em hospitais privados do Rio de Janeiro na era do COVID-19.

Métodos

Foi realizado um estudo retrospectivo, transversal multicêntrico em 8 hospitais terciários privados do Rio de Janeiro, de Janeiro a Julho de 2021, sendo: 6 gerais, 1 maternidade, 1 cardiológico, 1 oncológica, 1 pediátrica e 3 com unidades de atendimento a pacientes com COVID-19 (420 leitos de terapia Intensiva). Os isolados positivos da HC foram identificados usando o sistema automático VITEK®2 (bioMérieux, Durham, North Carolina). Os critérios de contaminação das HC foram a presença de espécies contaminantes (Micrococcus spp., Streptococcus viridans, Propionibacterium acnes, Corynebacterium spp., Clostridium perfringens e Bacillus spp.), e no caso dos Staphylococcus coagulase-negativos (SCN) foram classificados segundo o número de frascos positivos: um foi considerado como contaminante, dois ou mais frascos positivos foram consideradas como ICSs verdadeiras.

Resultados

No total foram seleccionadas 26.977 HC coletadas em 7.495 pacientes (3.6 HC/paciente). 24.231 HCs foram negativas (média: 89.8%;IQR:77 - 96,6%) com uma taxa média de positividade de 10,2% (IQR:3,4 - 23%). Nas HC positivas, identificou-se o patógeno causador da ICS em 2.681 amostras (média: 9,9%; IQR:2,9 - 22,9%), e muitas estiveram associadas a SCN (média: 43,7%; IQR:15,2 - 56,7%). Houve apenas 65 amostras identificadas como contaminações (média: 0,24% (IQR:0,07 - 1,69%). Observamos uma menor taxa de positividade das HCs nos hospitais com atendimento de pacientes com COVID-19 (13.8% vs 15.9%) e também uma menor taxa de contaminação (0,15% vs 0,59%). A maioria das contaminações estiveram associadas aos SCN (87,6%) e as espécies de SCN mais frequentemente encontradas foram: Staphylococcus epidermidis (48%), Staphylococcus haemolyticus (18%) e Staphylococcus capitis (9%).

Conclusão

Observamos uma taxa média de contaminação das HCs baixa (0.24%), mas também foi verificada uma taxa positividade das HC muito baixa (10.2%), e isto pode afetar o tratamento das ICSs, aumentar custos no atendimento e limitar as medidas de controle de patógenos multirresistentes.

Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools