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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 013
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ASSOCIAÇÃO DE COINFECÇÃO VIRAL COM O RISCO DE HOSPITALIZAÇÃO EM ADULTOS: ANÁLISE EM ESTUDO DE COORTE PROSPECTIVO NO SUL DO BRASIL
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Luciane Beatriz Kern, Thaís Raupp Azevedo, Ivaine Tais Sauthier Sartor, Márcia Polese-Bonatto, Fernanda Hammes Varela, Ingrid Rodrigues Fernandes, Gabriela Oliveira Zavaglia, Gabriela Luchiari Tumioto Giannini, Elvira Aparicio Cordero, Amanda Paz Santos, Caroline Nespolo de David, Tiago Fazolo, Renato T. Stein, Marcelo Comerlato Scotta
Responsabilidade Social, Hospital Moinhos de Vento, Porto Alegre, Brasil
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Introdução/Objetivo

Os fatores associados ao risco de hospitalização por COVID19 não são completamente conhecidos. O objetivo deste estudo foi descrever o risco de hospitalização dos participantes ambulatoriais com diagnóstico exclusivo para rinovírus, SARS-CoV-2 e codetecção entre esses dois agentes, durante a pandemia no sul do Brasil.

Métodos

Participantes ambulatoriais (> 18 anos) com sinais agudos de tosse, febre ou dor de garganta foram recrutados prospectivamente nas tendas de atendimento do Hospital Moinhos de Vento e Hospital Restinga e Extremo Sul, entre maio e novembro de 2020, e foram acompanhados por 28 dias através de entrevistas telefônicas. Para a detecção de SARS-CoV-2 bem como para o painel respiratório, foi utilizada a técnica de RT-PCR. Para detecção de SARS-CoV-2 foi utilizado kit TaqManTM 2019-nCoV Assay Kit v1 (genes S, N e ORF1ab) a partir de swabs orofaríngeo e nasofaríngeo bilateral. Em coleta de outro swab nasofaríngeo foi realizado painel respiratório para detecção de: Bordetella pertussis; Chlamydophila pneumoniae; Mycoplasma pneumoniae; adenovírus; bocavírus; coronavírus tipos HKU1, 229E, NL63 e OC43; vírus influenza A tipos H1 e H3; vírus influenza B; enterovírus humano; metapneumovírus humano; vírus parainfluenza tipos 1, 2 e 3; RSV tipos A e B; e rinovírus). Todas as amostras foram analisadas no Laboratório de Biologia Molecular do Hospital Moinhos de Vento.

Resultados

Foram recrutados 609 participantes, com idade mediana de 36 anos, sendo a maioria mulheres (63,2%). 282 (46,4%) participantes tiveram detectado apenas rinovírus, seguido por 234 (38,4%) com SARS-CoV-2 exclusivamente. A codetecção entre estes dois agentes ocorreu em 93 (15,3%) dos 608 participantes. Deste total, 26 (4,3%) participantes necessitaram hospitalização após a busca por atendimento ambulatorial. Participantes com codetecção viral apresentaram maior proporção de hospitalização quando comparados aos participantes com SARS-CoV-2 e rinovírus detectados como agentes únicos (9,7% (9/93) vs 6,8% (16/234) vs 0,4% (1/282), p < 0.001). Entretanto, quando comparadas as proporções de coinfecção com SARS-CoV-2 (como agente único), a diferença não é significativa (9,7% (9/93) vs 6,8% (16/234), p = 0.373).

Conclusão

O rinovírus foi o principal patógeno detectado em adultos, e apesar da alta prevalência não foi associado ao aumento na hospitalização, sendo o maior risco atribuído à detecção de SARS-CoV-2 nessa população.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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