Journal Information
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐105
Full text access
CARACTERÍSTICAS CLÍNICO‐EPIDEMIOLÓGICAS DA TUBERCULOSE INFANTIL NO BRASIL, ENTRE OS ANOS DE 2010 E 2019
Visits
1762
Leticia Tosta Antonio, Nayara Borges Balestero, Juliana Cristina Marinheiro
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Full Text

Introdução: Causada pelo Mycobacterium tuberculosis, a tuberculose (TB) afeta principalmente os pulmões, podendo atingir outros órgãos, em pacientes com imunocomprometimento, como os que vivem com HIV (PVHIV). O Brasil ocupa o 20° lugar no ranking dos países com as maiores cargas da doença no mundo, sendo pessoas de todas as faixas etárias afetadas. O diagnóstico e mapeamento da tuberculose infantil é de extrema importância. Além de determinar a eficácia e aderência da vacina BCG e dos casos não tratados entre adultos, a TB tem o público infantil como parte do grupo de risco, em decorrência da imaturidade do sistema imunológico.

Objetivo: Avaliar a prevalência de tuberculose infantil nas regiões brasileiras, nos últimos 10 anos, e sua relação com sexo, idade, comorbidades e criterios socioeconômicos.

Metodologia: Dados referentes às notificações de tuberculose infantil, entre 2010 e 2019, publicados no SINAN (Doenças e Agravos de Notificação) foram analisados e comparados com bibliografia relacionada ao tema.

Resultados: Entre os anos de 2010 e 2019 foram notificados 25.596 casos de TB em crianças menores de 14 anos de idade, sendo as regiões Sudeste (42%) e Nordeste (28%) as mais prevalentes. Em menores de 1 ano de idade observamos 3.903 casos, sendo 36,6% na região Nordeste e 29% na Sudeste. Os principais tipos de TB foram a ganglionar (12%), pleural (7%) e meningoencefálica (2,53%). Em 72% dos casos, o tipo de é ignorado. 52% dos casos eram em indivíduos do sexo masculino e, 48% do sexo feminino. 941 crianças apresentavam co‐infecção pelo HIV e, somente 18,3% faziam uso de antirretroviral. 266 crianças apresentavam diabetes e 347 sofrem com tabagismo. Analisando os casos de TB notificados através do MUNIIC (pesquisa de informações básicas municipais) para extrema pobreza, entre crianças de 0 á 14 anos, teve‐se 2.678 casos, tendo a região Nordeste (47,12%) e Norte (19,52%) com as maiores incidências, enquanto a região Sul (2,94%) apresenta a menor.

Discussão/Conclusão: O controle da tuberculose é infantil é de extrema importância. Neste estudo, pudemos evidenciar que a relação entre a infecção pelo M. tuberculosis e as baixas condições socioeconômicas visto que, 10,46% dos casos se encontram abaixo da linha da pobreza e, desses, 47,12% estão concentrados na região Nordeste, região que abriga quase metade da população brasileira abaixo da linha da pobreza. A co‐infecção pelo HIV é o principal fator de risco para a TB, dentre as comorbidades analisadas.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools