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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐206
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CARACTERIZAÇÃO DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM FALHA TERAPÊUTICA ATENDIDAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
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Ana Paula Loch, Myva Fonsi, Simone Queiroz Rocha, Joselita Maria de M. Caraciolo, Rosa de Alencar Souza, Maria Clara Gianna, Duncan Short, Roberto Zajdenverg, Isidoro Prudente, Maria Ines Batt Nemes
Centro de Referência e Treinamento DST/Aids (CRT DST/AIDS), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Ag. Financiadora: VIIV HEALTH CARE/GSK

Nr. Processo: ETRACK 210027

Introdução: O monitoramento da adesão ao tratamento antirretroviral das pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) é essencial para aumentar as taxas de supressão viral. No Brasil, um Sistema de Monitoramento Clínico (SIMC) desenvolvido pelo Ministério da Saúde disponibiliza aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) a relação de PVHA em falha terapêutica.

Objetivo: Este estudo tem por objetivo descrever o perfil de PVHA em falha terapêutica atendidas no SUS.

Metodologia: Trinta serviços especializados na atenção de PVHA do estado de São Paulo participaram de uma intervenção para a implementação do SIMC entre maio de 2019 e abril de 2020. Foram coletadas informações sociodemográficas, o valor absoluto da última carga viral, a data de diagnóstico da infecção pelo HIV, os esquemas terapêuticos já utilizados e os registros de dispensa de antirretrovirais no ano que precede o resultado do exame de carga viral detectável. Análise descritiva foi realizada para avaliar o perfil das PVHA em falha terapêutica.

Resultados: 583 pacientes em falha terapêutica foram analisados e 349 (59,8%) eram do sexo masculino. A idade média foi de 44 anos (variação de 19 a 83 anos). 297 pacientes (n=50,9%) apresentavam última carga viral acima de 500 cópias/mL, 217 (37,2%) abaixo de 200 cópias/mL e 69 (11,8%) entre 200 e 500 cópias/mL. Mais da metade (n=301 ‐ 51,6%) das PVHA foram diagnosticadas há mais de 10 anos, 138 (23,7%) entre 5 e 10 anos, 93 (15,9%) entre 2 e 5 anos e 51 (8,7%) entre 6 meses e 2 anos. 335 (57,5%) retiraram menos de 80% das doses esperadas de antirretrovirais no ano anterior ao último teste de carga viral detectável, 196 (33,6%) retiraram 80% ou mais e 52 (8,9%) havíam abandonado o tratamento. O uso de mais de três classes de antirretrovirais foi observado na história terapêutica de 318 (54,5%) usuários.

Discussão/Conclusão: O monitoramento das PVHA em tratamento é essencial para a identificação oportuna da falha terapêutica. O atraso de dispensa de medicamentos é um preditor de falha terapêutica relatado na literatura e pode ser acessado por meio do sistema logístico disponível em todas as unidades dispensadoras de medicamentos antirretrovirais. Rotinas de monitoramento para a prevenção da falha devem ser estabelecidas pelos serviços de atenção especializada.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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