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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 31 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 31 (December 2018)
OR‐58
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CARACTERIZAÇÃO DE UMA COORTE DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE HEPATITE C CRÔNICA DE UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DO BRASIL: IDENTIFICANDO PRIORIDADES PARA MELHORAR AS INTERVENÇÕES EM SAÚDE PÚBLICA
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Maria Laura Mariano Matos, Rosario Ferrufino Quiroga, Ana Catarina Nastri, Gaspar Lisboa Neto, Maria Cassia Mendes Correa
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Ag. Financiadora: Sem financiamento

N°. Processo: 37392414.5.0000.0068

Data: 19/10/2018 ‐ Sala: 6 ‐ Horário: 16:00‐16:10 ‐ Forma de Apresentação: Apresentação oral

Introdução: Estima‐se que 670.000 pessoas apresentem hepatite C crônica no Brasil e a maioria desconhece seu status de portador. A identificação delas depende da construção de uma linha de cuidado alinhada aos níveis de complexidade do SUS. Acreditamos que informações derivadas de um serviço de complexidade terciária possam contribuir para o planejamento dessas estratégias, em um momento em que ações voltadas para a eliminação dessa doença em nosso país tornam‐se prioridade.

Objetivo: 1‐ Descrever as características clinicas e epidemiológicas dos pacientes com hepatite C crônica; 2 ‐ Estimar a prevalência de comorbidades e manifestações extra‐hepáticas nessa população e 3 ‐ Descrever o grau de complexidade clínica desses pacientes; 4 ‐ Avaliar a associação da presença de complexidade clínica ou de doença hepática avançada com algumas variáveis clínicas.

Metodologia: Estudo retrospectivo sobre pacientes do ambulatório do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Inclusão: todos os pacientes acompanhados entre janeiro de 2014 e dezembro de 2016, > 18 anos, com viremia positiva. A coleta dos dados: prontuários médicos. Os pacientes foram divididos em dois grupos – alta e baixa complexidade. Alta complexidade: presença de doença avançada (Metavir 3 ou 4) ou suas consequências: carcinoma hepatocelular e/ou hipertensão portal E OU presença de três ou mais manifestações extra‐hepáticas (MHE) e/ou comorbidades concomitantemente. As MHE, assim como as comorbidades associadas à infecção pelo VHC, foram definidas pela literatura e que a critério do médico assistente determinassem indicação de intervenção médica.

Resultado: Incluídos 1.547 pacientes. A maioria sexo masculino (50,9%), média de 54,8 anos (18‐91). Fibrose hepática (Metavir): F0 6,5%, F1 33,6%, F2 25,3%, F3 12,5% e F4 22,1%. Genótipos: 1=75,4%, 3=19,8%, 2=3,9%, 4=0,5% e 5=0,5%. Dos pacientes, 1.103 (71,3%) apresentavam pelo menos uma comorbidade e 700 (45,2%) foram de alta complexidade. Em análise bivariada, idade > 40 anos esteve associada à presença de complexidade clínica. No entanto, em análise multivariada, a presença de doença hepática avançada esteve independentemente associada a sexo masculino, > 40 anos e presença de comorbidades

Discussão/conclusão: Em nossa casuística a presença de doença hepática avançada foi observada em apenas um terço dos pacientes e menos da metade (45,2%) poderia ser considerada clinicamente complexa, poderiam ser idealmente acompanhados em unidades de menor complexidade dentro do SUS.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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