Journal Information
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐313
Full text access
EFICÁCIA DO MEROPENÉM APÓS INFUSÃO RÁPIDA VERSUS INFUSÃO ESTENDIDA EM PACIENTES SÉPTICOS QUEIMADOS PELA ABORDAGEM FARMACOCINÉTICA/FARMACODINÂMICA (PK/PD)
Visits
3021
Karina Brandt Vianna, João Manoel da Silva Jr., Élson Mendes da Silva Jr., Thiago Câmara Oliveira, Carlos Roberto Silva Filho, Verônica Jorge Santos, Adriana Rocha, Vera Lúcia Lanchote, David Silva Gomez, Silvia Regina Cavani J. Santos
Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Full Text

Ag. Financiadora: FAPESP

Nr. Processo: 2018/05616‐3

Introdução: O meropeném é amplamente utilizado em pacientes sépticos em terapia intensiva com infecções causadas principalmente por organismos gram‐negativos. Sabe‐se que alterações ocorrem na farmacocinética (PK) do carbapenêmico durante o choque séptico com possível impacto na cobertura antimicrobiana.

Objetivo: Avaliar a eficácia do meropeném em pacientes sépticos queimados pela comparação da infusão rápida (0,5h) com a estendida (3h) nas fases precoce e tardia da terapia conforme abordagem PK/PD.

Metodologia: Foram incluídos 20 pacientes queimados (16M/4F) com função renal preservada em terapia intensiva. As medianas das características da população: 25 anos, 70kg, 45% da superfície corpórea total queimada, Simplified Acute Physiology Score III (SAPS 3) de 57 (7/20) e <57 (13/20). Ventilação mecânica e vasopressores foram requeridos em 14/20 pacientes, e lesão inalatória ocorreu em 12/20. Os pacientes foram distribuídos em 2 grupos para receber meropeném 1g q8h por infusão: rápida 0,5h (G1, n=10) ou estendida 3h (G2, n=10). Duas amostras sanguíneas no estado estacionário foram coletadas na 3ª e 5ª hora após o início da infusão e os níveis séricos foram obtidos por cromatografia líquida. O desfecho primário foi a cobertura antimicrobiana estimada com base no índice de eficácia 100%fΔT>CIM conforme abordagem PK/PD. Como desfecho secundário, foram avaliadas alterações nos parâmetros PK para ambos os grupos durante a fase precoce (2° dia) e tardia (14° dia) do choque séptico em comparação com dados de referência em voluntários sadios.

Resultados: Para o grupo G1, a cobertura antimicrobiana foi garantida até CIM 2mg/L no 2° dia e CIM 1mg/L no 14° dia; e para o grupo G2, até CIM 8mg/L no 2° dia e 4mg/L no 14° dia incluindo Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae de susceptibilidade intermediária. Ao comparar com voluntários sadios, foram registradas as seguintes alterações nos parâmetros PK do meropeném no 2° e 14° dia para ambos os grupos (p<0,05): aumento do tempo de meia‐vida (t(1/2)β), aumento do volume de distribuição (Vdss) e redução do clearance total corporal (CLT). Essas alterações foram mais pronunciadas no 2° dia para ambos os grupos.

Discussão/Conclusão: A infusão estendida de 3h demonstrou eficácia superior à infusão rápida de 0,5h para o alvo de 100%fΔT>CIM. Evidenciou‐se alteração de conduta na Unidade de Terapia Intensiva com relação à padronização do tempo de infusão de 3 horas para o meropeném nos pacientes sépticos queimados.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools