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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
ÁREA: HEPATITES VIRAISEP‐145
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ESTUDO DE ALELOS MUTADOS EM GENE QUE PARTICIPA DA PRODUÇÃO E SECREÇÃO DE LIPOPROTEÍNAS EM PORTADORES CRÔNICOS DO VÍRUS DA HEPATITE C
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Thamiris Vaz Gago Prata, Fátima Mitiko Tengan, Bianca Peixoto Dantas, Arielle Karen da Silva Nunes, Caroline Manchiero, Mariana Cavalheiro Magri
Laboratórios de Investigação Médica (LIM 47), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Ag. Financiadora: FAPESP

Nr. Processo: 2016/19690‐5

Introdução: A OMS estima que cerca de 40% dos adultos estão acima do peso e 13% são obesos. O acúmulo excessivo de triglicerídeos nos hepatócitos (esteatose) entre esses indivíduos pode levar a uma alta lipotoxicidade hepática contribuindo para várias comorbidades, entre elas a doença hepática gordurosa não alcoólica e esteato‐hepatite. Além disso, a presença da esteatose no fígado influencia na progressão da hepatite C crônica. Vários mecanismos podem estar envolvidos em alterações nos níveis de lipídeos plasmáticos e com esteatose associada ao HCV. O gene MTTP (proteína de transferência de triglicerídeo microssomal) está relacionado com a montagem e secreção de lipoproteínas, que pode ter sua função prejudicada pela presença de variantes genéticas.

Objetivo: Identificar variantes genéticas no gene MTTP em portadores crônicos do HCV atendidos no HCFMUSP e correlacionar com os níveis de lipídeos plasmáticos e os graus de esteatose hepática.

Metodologia: Foram analisados dados demográficos, clínicos, laboratoriais e histológicos de 236 portadores crônicos do HCV. A genotipagem de sete variantes genéticas no gene MTTP foi realizada utilizando a técnica de PCR‐RFLP.

Resultados: A idade média foi de 55,5 anos, 56,4% eram mulheres e o IMC médio foi de 26,6, considerado sobrepeso. Os níveis de colesterol total foram considerados alterados em 23,7% dos pacientes (≥ 200mg/dL), LDL em 16,1% (≥130mg/dL), VLDL em 6,8% (≥ 40mg/dL), HDL em 68,2% (≤ 60mg/dL) e triglicerídeos em 6,4% (≥ 200mg/dL). O estudo do fragmento hepático mostrou que 53% dos pacientes tinham algum grau de esteatose. As variantes genéticas estão em equilíbrio de Hardy‐Weinberg e estão descritas juntamente com as frequências dos alelos mutados: ‐164T/C (0,30), ‐400A/T (0,41), ‐493G/T (0,32), I128T (0,29), Q95H (0,08), Q244E (0,05) e H297Q (0,50). As variantes genéticas avaliadas não foram associadas, em três modelos genéticos, com alterações dos níveis de lipídeos (p>0,05). As variantes também não apresentaram associação significativa com a presença de esteatose ou com os seus diferentes graus (p>0,05).

Discussão/Conclusão: Os dados encontrados sugerem que isoladamente as variantes no gene MTTP não influenciaram os níveis de lipídeos plasmáticos e a susceptibilidade à esteatose nos portadores crônicos do HCV. Estudos futuros combinando o efeito dessas variantes genéticas e de fatores virais são importantes para entender melhor suas contribuições para a esteatose hepática.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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