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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐453
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EVENTO ADVERSO À VACINA BCG: RELATO DE CASO DE MASSA LOCAL ASSOCIADA À REATIVAÇÃO DA LESÃO VACINAL
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Cássia Barboza Pinheiro do Nascimento, Dilson Chamos de Arruda, Thalita Mara de Oliveira, Isabella Victorio, Raissa Hiroe Chiba
Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, MT, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Os eventos adversos à vacina BCG podem ser locais, regionais ou sistêmicos, podendo ser decorrentes do tipo de cepa utilizada, da quantidade administrada, da técnica de aplicação e da presença de imunodeficiência.

Objetivo: Relatar um caso de evento adverso à BCG com duração prolongada e duas manifestações associadas.

Metodologia: Trata‐se de um relato de caso. Paciente A.K.A.F., sexo masculino, 1 ano e 2 meses, procedente de Várzea Grande/MT, recebeu vacina BCG aos 10 dias de vida e com menos de um mês, apresentou edema local. Desde então, evoluiu com aumento progressivo do volume da nodulação local, associado a episódios de ativação da lesão vacinal, com saída de pequena quantidade de pus. Em primeiro atendimento no serviço, lactente com 1 ano e 1 mês, foi observada massa fibroelástica em região deltoidiana direita, indolor e sem sinais flogísticos, com aproximadamente 4,5cm de extensão. Em ultrassonografia de partes moles em terço médio do braço direito, foram evidenciadas lesões císticas múltiplas de aspecto homogêneo e interrogado seroma. Devido ao local, foi levantada hipótese de abscessos frios e devido ao histórico de reativação intermitente da cicatriz da BCG, foi realizada investigação do sistema imune, que apresentou resultados dentro da normalidade. Diante disso, o caso foi notificado, iniciou‐se isoniazida 100mg/dia como teste terapêutico e paciente segue em acompanhamento ambulatorial.

Discussão/Conclusão: Dentre as vacinas do Programa Nacional de Imunizações, a BCG é frequentemente associada aos eventos adversos pós‐vacinais. Os abscessos frios ocorrem em 1 a cada 2.500 vacinados com BCG e costumam se resolver com o tratamento preconizado. Eventualmente, a reativação da lesão vacinal pode ocorrer em crianças com diferentes condições de base ou sem nenhuma comorbidade, como é o caso aqui relatado, sendo recomendada isoniazida e observação da resposta. Ainda que a maioria dos eventos adversos à BCG não sejam graves, o diagnóstico deve ser rápido e o tratamento prontamente instituído para reduzir os danos à qualidade de vida do paciente e não prejudicar a adesão da população à imunização.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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