Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 290
Full text access
FEBRE DE KATAYAMA NO INTERIOR DO ESTADO DO PARANÁ
Visits
3496
Maicon Ramos Pintoa, Arthur A.K. Saitob, Gabriele da Silvac, Núbia Leilane Barth Schierlinga, Carolina Monteiro Camposa, Allan Henrique Cordeiro da Silvaa, Fernanda Pereira Pedrosoa
a Hospital Nossa Senhora das Graças, Curitiba, PR, Brasil
b Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
c Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, PR, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução

A esquistossomose é uma doença parasitária causada por vermes do gênero Schistosoma. As regiões rurais dos trópicos são as mais afetadas (2). A cada ano a incidência da doença no Brasil decresce e, no estado do Paraná, de acordo com o boletim epidemiológico de 2018, entre os anos de 2008 e 2011 foram registrados 528 casos, em contraste com os anos de 2012 a 2016, quando nenhum caso foi registrado. A febre de Katayama é uma reação inflamatória que ocorre de 3 a 8 semanas após a infecção por cercárias, levando à febre alta, tosse, mal-estar, além de sintomas específicos do trato acometido pelos ovos do Schistosoma, como hematúria e diarreia. Há suspeita da doença a partir da história de contato com água doce em áreas endêmicas seguida pelos sintomas listados, sendo o diagnóstico estabelecido com detecção dos ovos nas fezes ou na urina.

Descrição do caso

Paciente masculino, 34 anos, proveniente da zona rural, admitido no interior do estado por quadro febril há 7 dias, associado a mal-estar, diarreia, urina escura e dor em quadrante superior direito do abdome. Relatou contato frequente com água e histórico de pesca com picada de carrapato há cerca de 3 meses em região rural da cidade de Santo Antônio da Platina. Na admissão, quadro de insuficiência renal aguda, aumento de transaminases sem sinais de colestase. À tomografia de tórax e abdome revelado hepatoesplenomegalia e derrame pleural. Evoluiu com hipotensão, taquipnéia, febre e saturação baixa, piora do padrão ventilatório e instabilidade hemodinâmica, necessitando de intubação orotraqueal e droga vasoativa. Exames de urocultura, coprocultura negativas, assim como sorologias para hepatite A, B, C, toxoplasmose e histoplasmose assim como imune ao citomegalovírus, Epstein Barr vírus, Rubéola, Rickettsia e febre amarela. PCR para leptospirose e gota espessa negativos. Após 21 dias de internação, paciente manteve picos febris, associado a vômitos e dor em hipocôndrio direito. Realizou então parasitológico de fezes e iniciou Metilprednisolona. Exame parasitológico de fezes com presença de ovos de Schistosoma spp com diagnóstico confirmado de Febre de Katayama. Administrado Praziquantel com melhora clínica e alta hospitalar.

Discussão

Doença mais comum na região tropical do país em que, entre 2012 a 2016 nenhuma notificação da doença foi registrada no estado do Paraná, paciente apresentou quadro de Esquistossomose aguda após contato com água doce em região rural no estado.

Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools