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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
OR‐22
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HISTOPLASMOSE DISSEMINADA EM PACIENTES PORTADORES DE HIV/AIDS: TRATAMENTO DE CONSOLIDAÇÃO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO CEARÁ
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1982
Marina Vasconcelos Sam, Thaysa Medeiros de And, Sarah Costa Alencar, Antônio Mauro Barros de Almei, Guilherme Alves de Lima H, Lisandra Serra Damasceno, Terezinha do Menino Jesus
Centro Universitário Christus (Unichristus), Fortaleza, CE, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Nr. Processo: 11325519.0.0000.5044

Sessão: TEMAS LIVRES | Data: 03/12/2020 ‐ Sala: 1 ‐ Horário: 18:25‐18:35

Introdução: Histoplasmose é uma doença fúngica causada por Histoplasma capsulatum e o Estado do Ceará no Nordeste do Brasil tem uma das maiores taxas do mundo de prevalência, recaída e morte de histoplasmose disseminada (HD) em pacientes com aids. Atualmente, o tratamento dessa micose em pacientes com HIV é realizado em três etapas: indução, consolidação e profilaxia secundária. A fase de consolidação caracteriza‐se pelo uso do itraconazol como primeira escolha por um período fixo mínimo de 12 meses. Recentemente, um documento publicado pela Organização Mundial da Saúde recomendou a redução desse período para seis meses a depender de critérios definidos.

Objetivo: O presente estudo visa investigar a adesão, a duração e as interações medicamentosas da fase de consolidação do tratamento da HD em pacientes com aids no Hospital São José (HSJ), referência em doenças infecciosas no estado do Ceará.

Metodologia: Trata‐se de uma coorte retrospectiva onde a coleta de dados foi realizada por revisão de prontuários de pacientes coinfectados com HD/Aids no HSJ, de janeiro de 2010 a janeiro 2015. Recidiva foi considerado como desfecho primário. Análise estatística foi realizada usando um p‐valor de 0,05.

Resultados: Foram incluídos no estudo 32 pacientes que continuaram o tratamento de consolidação e foram acompanhados no ambulatório do HSJ. A mediana de idade foi de 31,5 anos (IIQ=26,5‐38,5) e a maioria era do sexo masculino (87,5%); 25,9% das suspensões de antifúngicos por motivo conhecido (7/27) foram por abandono do próprio paciente. A mediana de tempo de uso de itraconazol naqueles que mantiveram dose de consolidação por até seis meses foi de apenas 100 dias (IIQ=64–161) e para aqueles que usaram itraconazol por mais de seis meses não alcançou um ano (341 dias, IIQ=238 ‐ 392; p=0,09). Em nenhum dos grupos houve óbito. Em 59,1% (13/22) o inibidor da transcriptase reversa não análogo de nucleosídeo (ITRNN) permaneceu como componente da terapia antiretroviral (TARV) em conjunto com a fase de consolidação do tratamento da HD. Neste grupo, foi observada apenas uma recidiva, porém esta aconteceu em um paciente que não fazia uso regular de TARV. A interação entre itraconazol e ITRNN não se mostrou importante, e o surgimento de efeitos colaterais não foi um fator relevante para o abandono do tratamento de consolidação da HD.

Discussão/Conclusão: Um tempo menor do tratamento de consolidação deve ser considerado para os pacientes que rapidamente alcançam a recuperação imunológica e indetectam a carga viral.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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