Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 019
Full text access
INATIVAÇÃO FOTODINÂMICA DE CANDIDA ALBICANS ISOLADA DE BALANOPOSTITE UTILIZANDO AZUL DE METILENO EM HIDROGÉIS DE CARBOPOL 940®
Visits
1490
Cláudio Henrique Rodriguesa, Marques Leonel Rodrigues da Silvaa, Josenildo Pessoa Senaa, Adriana Fontesb, Beate Saegesser Santosa, Danielle Patrícia Cerqueira Macêdoa
a Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
b Departamento de Biofísica e Radiobiologia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução/Objetivo

A balanopostite é uma infecção da glande peniana, sendo comum em pacientes acometidos com HIV ou diabetes. Quando de etiologia fúngica, o microrganismo mais associado é Candida albicans. Neste contexto, a terapia fotodinâmica pode ser uma alternativa frente à resistência dos microrganismos aos tratamentos convencionais, com base na interação da luz, uma molécula sensível (fotossensibilizador) e o oxigênio molecular, gerando assim as espécies reativas de oxigênio. Formulações tópicas podem melhorar parâmetros de padronização de dose e aplicação dos fotossensibilizadores, otimizando esta terapia. O objetivo desse trabalho foi desenvolver hidrogéis de um fotossensibilizador amplamente utilizado, o azul de metileno (AM), e testar sua eficácia frente um isolado de C. albicans, oriundo de balanopostite.

Métodos

Formulações contendo AM (800 µmol.L-1) foram preparadas nas concentrações de Carbopol de 0.5 e 1% (formulações F1 e F2), e armazenadas a 4ºC na ausência de luz. C. albicans foi originalmente isolada da glande de um paciente diabético e crescida em ágar Sabouraud a 37ºC (24h). Foram então padronizadas suspensões deste microrganismo (MO) a uma concentração de 106 UFC/mL em PBS pH 7.2. A fonte de luz utilizada (LEDBox, Biolâmbda, São Paulo) teve irradiância de 45.87 mW.cm-2 e doses de luz de 3 e 6 minutos (ca 8 e 16 J.cm-2), com um tempo de pré irradiação de 120 minutos. Os grupos utilizados foram (A) Controle, (B) MO + AM solução, (C) MO + F1, (D) MO + F2 e (E) MO + Clorexidina. Os experimentos foram realizados em triplicata.

Resultados

Todo o azul de metileno estava liberado no meio ao final do tempo de pré irradiação. Entretanto, diferenças foram observadas no perfil de inativação de acordo com a concentração do polímero utilizado. A clorexidina inativou C. albicans em todos os ensaios. Foi possível constatar, com o aumento da dose de luz, uma maior inativação do microrganismo, onde observou-se que, com 6 minutos de irradiação, a F1 reduziu 3 logs de viabilidade fúngica; enquanto que, com F2 foi possível reduzir 2 logs. No tempo de 3 minutos de irradiação, tivemos um decréscimo de 2 e 1 logs, respectivamente, para F1 e F2.

Conclusão

A dose utilizada do azul de metileno foi menor do que alguns trabalhos já descritos na literatura, em ca dez vezes menores. Os resultados mostrados reforçam a importância de formulações tópicas para uso em terapia fotodinâmica, bem como a eficácia desses sistemas para posteriores aplicações in vivo.

Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools