Journal Information
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Full text access
MENINGOCOCCEMIA LEVE SEM ASSOCIAÇÃO COM MENINGITE - UM RELATO DE CASO
Visits
200
Carolina Oliveira Venturotti
Corresponding author
carol_venturotti@hotmail.com

Corresponding author.
, Ana Carolina Baptista Salmistraro, Ana Luiza Martins de Oliveira, Isabel Cristina Melo Mendes, Clarisse Pimentel
Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião (IEISS), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

More info

A meningococcemia é uma doença grave, comumente associada à meningite, que pode pode evoluir para óbito de forma fulminante por choque e coagulação intravascular disseminada. Este trabalho descreve um caso incomum de meningococcemia com confirmação bacteriológica, porém com evolução leve e desfecho positivo. Paciente sexo masculino, 61 anos, sem comorbidades, não vacinado para meningite, apresenta quadro de febre, artralgia, edema de pés e lesões purpúricas puntiformes em mãos, pés e joelhos de evolução em 1 dia, sem alterações de nível de consciência ou convulsão. Procura serviço de emergência, sendo iniciada antibioticoterapia empírica com Ceftriaxona devido suspeita de meningococcemia e encaminhado para hospital público de referência em infectologia no Rio de Janeiro. Realizada punção lombar com resultado normal (2 células, 37,9 mg/dL proteína, 72 mg/dL glicose e PCR multiplex negativo para fungos, bactérias e vírus) e coletada hemocultura - com PCR sérico positivo para Neisseria meningitidis. Evoluiu com excelente resposta à medicação, mantendo-se hemodinamicamente estável, sem deterioração do quadro neurológico ou piora das lesões de pele. Durante a internação, foi avaliado também por cirurgia vascular, que excluiu qualquer acometimento trombótico que pudesse justificar as lesões. Recebe alta com melhora parcial da púrpura e total do edema, após 7 dias de tratamento com Ceftriaxona e com realização de quimioprofilaxia dos contactantes. A apresentação leve da meningococcemia sem meningite é bastante rara, porém provavelmente subnotificada pois apresenta diversos diagnósticos diferenciais, como febres hemorrágicas e arboviroses. Este caso reforça a importância de se pensar na meningococcemia como diagnóstico diferencial, especialmente pela sua potencial gravidade, iniciando precocemente o tratamento empírico, mesmo que não haja acesso à punção lombar. Outro dado notável, é a relevância de se realizar hemocultura na suspeita de doença meningocócica, que pode ser fundamental para a confirmação do diagnóstico.

Palavras-chave:
Meningococcemia Neisseria Meningitidis Meningite
Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools