Journal Information
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Full text access
PERFIL DO AMBULATÓRIO DE PRÉ NATAL (CIS E TRANS) DE PESSOAS GESTANTES QUE VIVEM COM HIV (PGVHIV) OU PESSOAS GESTANTES DE PARCERIAS SORODIFERENTES (PGPSD), INCLUINDO HOMENS TRANSEXUAIS NO CRT DST-AIDS SP E SEU IMPACTO SOBRE A TRANSMISSÃO VERTICAL
Visits
340
Patrícia Rady Müller
Corresponding author
patyrm@me.com

Corresponding author.
, Ariane de Castro Coelho, Vera Ilza Ferreira da Cruz, Derli de Oliveira Barros, Daniela Vinhas Bertolini
Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP, São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

More info
Introdução

O ambulatório de pessoas gestantes (PG) do CRT AIDS SP foi fundado em 1998 dado o aumento da demanda de PG e a necessidade de atendimento multidisciplinar especializado para esse fim. É composto por médicas: obstetra, infectologista e infecto-pediatra, enfermeira, técnica de enfermagem, psicóloga, assistente social e doula voluntária. Esse serviço visa ao atendimento de PGVHIV ou de PGPSD do pré Natal ao puerpério, contracepção e acompanhamento do concepto.

Objetivo

descrever o funcionamento do ambulatório de pré Natal e o perfil das PG acompanhadas no CRT DST-AIDS SP durante 6 anos. 2.

Métodos

análise sistemática, retrospectiva de dados dos prontuários das gestantes do ambulatório de pré Natal do CRT DST-AIDS SP no período de 2017 a 2022. 3.

Resultados

foram acompanhadas 114 PG, incluindo 2 homens transgênero HIV negativos (1 deles PGPSD). A maioria (85%) proveio do ambulatório do CRT AIDS SP e 15% eram PGPSD. Apenas 10 (8,7%) PGVHIV provieram de outro serviço, sendo que 7 (70%) eram angolanas. Quanto ao status sorológico, 98 (85,2%) PG eram PGVHIV e 16 (14,8%) PGPSD. Em relação às ISTs, somente 2 gestantes (1,7%) tinham sífilis. Nenhuma delas teve COVID 19. Quanto ao desfecho da gestação, ocorreram 102 partos; sendo 76 (74,5%) cesáreas, 21(20,5%) partos normais, 1 parto fórceps e 4 casos sem essa informação. Ocorreram 12 perdas gestacionais, sendo duas não espontâneas. As 10 perdas espontâneas ocorreram entre 7 e 37 semanas. Apenas obtivemos dados de 3 desses casos. Dois ocorreram em primigestas: uma gestação gemelar em uso de Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Raltegravir (RTG) e carga viral (CV) indetectável (indet); a outra apresentava saco gestacional ístmico com 7 sem e 5 dias, CV de 5072 cópias/mL (log 3,7), uso de Zidovudina (AZT) + TDF + RTG. A terceira era uma gestação ectópica, CV indet, uso de TDF + 3TC + EFZ com 13 sem e 5 dias. Sobre contracepção, 70 de 96 puérperas (73%) optaram por um método pós gestação. O mais utilizado (77,1%) foi o implante subdérmico de etonogestrel, seguido por laqueadura tubária (7,1%) e demais métodos como preservativo, DIU e coito interrompido (30%). Nossa Taxa de transmissão vertical foi zero. 4.

Conclusão

a existência do ambulatório de assistência às PGVHIV e PGPSD é fundamental para a condução adequada de suas intercorrências e cuidados no pré e pós concepção para a eliminação da transmissão vertical.

Palavras-chave:
Pessoas gestantes transgênero HIV transmissão vertical pré Natal
Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools