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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐149
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PERFIL SOROLÓGICO E CARGA VIRAL DNA‐HBV DE PACIENTES INFECTADOS COM OS VÍRUS DA HEPATITE B E HEPATITE DELTA
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Júlia Teixeira Ton, Ester Teixeira Ton, Alcione dos Santos, Juan Miguel Villalobos Salcedo, Deusilene Vieira, Mariana Alves Vasconcelos
Centro de Medicina Tropical de Rondônia (CEMETRON), Porto Velho ‐ RO, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: O diagnóstico de infecção pelo Vírus da Hepatite B (HBV) é feito através de testes sorológicos para antígenos virais e anticorpos, sendo muito utilizados para triagem diagnósticas. O Vírus da hepatite Delta necessita do antígeno de superfície do vírus HBV para entrar na célula hospedeira e completar seu ciclo biológico. Sendo assim, todos pacientes diagnosticados com hepatite B devem ser testados para anti‐HDV principalmente em regiões endêmicas.

Objetivo: Observar o perfil sorológico e carga viral dos pacientes com hepatite B e Delta admitidos no Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (CEPEM) do Estado de Rondônia nos anos de 2017 e 2018.

Metodologia: Estudo retrospectivo de 324 prontuários de pacientes HBV e HBV/HDV admitidos no CEPEM em 2017 e 2018. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 10609819.0.0000.0011). Para as análises estatísticas foi utilizado o SPSS® versão 25.0.

Resultados: Dos 324 pacientes incluídos, 93,2% eram HBV e 6,8% HBV/HDV. Todos os pacientes HBV tinham HBsAg reagente, 98,7% anti‐HBs não reagente, 97,7% anti‐HBc Total reagente, 6,5% HBeAg reagente, 93,7% anti‐HBe reagente, todos tinham anti‐HDV não reagente. Entre os coinfectados com HBV/HDV, todos tinham HBsAg, anti‐HBc total e anti‐HDV reagentes, 13,6% HBeAg reagente. Com relação a carga viral (CV) DNA‐HBV, 93,4% do monoinfectados tinham CV detectável, sendo em 73,4% menor ou igual a 20.000 UI/mL, desses, 98,5% tinham HBeAg não reagente, 1,5% HBeAg reagente. Entre os 24,8% dos pacientes com carga viral maior que 20.000 UI/mL, 81,3% possuíam HBeAg não reagente. Quanto aos 22 coinfectados com HBV/HDV, 86,4% tinham CV detectável, sendo em 84,2% menor ou igual a 20.000 UI/mL, desses, 72,7% HBeAg não reagente. 15,8% dos pacientes tinham carga viral maior que 20.000 UI/mL, sendo 66,6% HBeAg não reagente.

Discussão/Conclusão: Os pacientes com hepatite B em 24,8% dos casos possuíam CV DNA‐HBV maior ou igual a 20.000UI/m, sendo que entre os coinfectados, essa porcentagem foi de 13,6%, o que corrobora com estudos prévios em que o HDV pode estar associado à supressão da replicação viral HBV em pacientes HBV/HDV. Outro dado importante é que apesar do marcador HBeAg estar associado a replicação viral HBV, entre os 24,8% dos pacientes monoinfectados com carga viral DNA‐HBV maior que 20.000 UI/mL, 81,3% tinham HBeAg não reagente. Demonstrando que embora o HBeAg seja utilizado como marcador de replicação viral, deve ser interpretado com parcimônia.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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