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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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OR‐32
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PROPORÇÃO DO USO DE SORO ANTIOFÍDICO NO BRASIL EM 2019
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Victoria Silva Pinto, Carolina Martinho Cunha
Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Sessão: TEMAS LIVRES | Data: 03/12/2020 ‐ Sala: 3 ‐ Horário: 18:45‐18:55

Introdução: No Brasil, de 2000 a 2018, foram registrados 500.901 acidentes ofídicos, resultando em 1991 óbitos. No país, as cobras de interesse médico são das famílias Viperidae e Elapidae, e os acidentes são classificados pelos gêneros: botrópico, crotálico, laquético ou elapídico. A identificação da serpente e administração do soro apropriado são fundamentais na redução da morbimortalidade deste agravo.

Objetivo: Buscou‐se analisar o perfil de uso dos soros antiofídicos no Brasil no último ano.

Metodologia: Estudo descritivo com dados secundários do TABNET/DATASUS, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI‐PNI). Pesquisou‐se a quantidade de doses aplicadas, em imunobiológicos, dos soros: Anti‐Botrópico, Anti‐Botrópico Crotálico, Anti‐Botrópico Laquético, Anti‐Crotálico, Anti‐Elapídico. Não se considerou o Soro Anti‐Laquético por não ter registro de uso em 2019. Calculou‐se a proporção, em porcentagem, além de razão de doses aplicadas/população para cada Unidade da Federação (UF) e Brasil em 2019, último ano com registro completo.

Resultados: Houve maior uso do Soro Anti‐Botrópico no Brasil e na maioria das UF (72% em relação aos demais), exceto em Roraima e Distrito Federal, com maior uso do Soro Anti‐Crotálico. A proporção de uso foi de 16% de Anti‐Crotálico, 6% Anti‐Botrópico Laquético; 4% Anti‐Botrópico Crotálico; 2% Anti‐Elapídico. A proporção de doses aplicadas de soro antiofídico na população do Brasil e de cada estado foi equivalente a 0% da população, para cada soro e para a soma de todos em 2019.

Discussão/Conclusão: O maior uso de soro anti‐botrópico condiz com dados de acidentes por serpentes, que mostram que 80‐90% são devido ao gênero Bothrops sp. A falta de dados do soro anti‐laquético condiz com o fato de sua preparação isolada raramente estar disponível, sendo usada a associação com o anti‐botrópico. Apesar de, proporcionalmente, o número de acidentes ofídicos não ser expressivo, observa‐se ainda óbitos em função desses acidentes, evitáveis pelo reconhecimento adequado das cobras e pela rede antiveneno em crescimento no país. A proporção dos soro anti‐ofídicos pode servir como medida indireta de monitoramento dos acidentes por serpentes e como base para valorização do uso racional de antivenenos. Além disso, pesquisas com dados mais recentes sobre o tema são necessárias.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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