Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 227
Full text access
QUADRO EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS EM GESTANTES DA REGIÃO SUL E REGIÃO NORTE DO BRASIL DE 2012 A 2019 - PANORAMA DIAGNÓSTICO E REPERCUSSÕES
Visits
1233
Simone Blythe Williams, Larissa Schneider, Aline Sauzem Milano, Ester Namie Hanai, Natãmy Nakano, Solena Ziemer Kusma
Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução/Objetivo

A sífilis é uma doença curável causada pela bactéria Treponema pallidum de transmissão sexual, sanguínea ou vertical. Se não tratada na gravidez, é uma causa de morbidade, mortalidade e sífilis congênita. É um bom indicador de acesso à saúde ao demonstrar falhas de diagnóstico e tratamento durante o pré-natal. Na Portaria nº33 (14/07/2005), a sífilis em gestantes tornou-se um agravo de notificação compulsória no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Nos últimos anos, o Brasil apresenta um crescimento na taxa de sífilis congênita, sendo que em 2019 a detecção foi de 20,8/1.000 nascidos vivos. Esse aumento ocorreu na região Norte e Sul, com diferenças em relação ao momento do diagnóstico da sífilis materna. Frente a isso, buscamos comparar as regiões Sul e Norte do Brasil em relação aos casos de sífilis materna e congênita, além das medidas de realização de pré-natal e o momento de diagnóstico da sífilis na gestante.

Métodos

Trata-se de uma pesquisa quantitativa, retrospectiva, com coleta de dados no SINAN (Datasus). Extraíram-se informações referentes à incidência da sífilis gestacional e congênita de 2012 a 2019 em ambas regiões, além das taxas de diagnóstico da sífilis congênita segundo a realização do pré-natal e período do diagnóstico da sífilis materna e óbitos por sífilis congênita (<1 ano). A organização e análise dos dados foram realizadas no Microsoft Excel.

Resultados

No Norte, quando comparado ao Brasil e ao Sul, tanto taxas de sífilis em gestante (18,9%, 20,8%, 23,7% em 2019, respectivamente), quanto congênita (7%, 8,2%, 8,3%), foram menores de 2012 a 2019. No Sul, 86% das mães com crianças com sífilis congênita fizeram pré-natal. Desses casos, em 71%, o diagnóstico da sífilis materna foi durante o pré-natal. Por outro lado, no Norte, 80% das mulheres com crianças com sífilis congênita fizeram pré-natal, porém somente em 43% a detecção da sífilis materna foi durante o pré-natal. A mortalidade por sífilis congênita em menores de um ano é maior no Norte (5,6%) do que no Sul (4,5%).

Conclusão

Os dados sugerem que o diagnóstico e o tratamento são realizados de modo precário no Norte, enfatizando a necessidade de profissionais treinados. Supõe-se que a notificação seja inadequada. Segundo o Ministério da Saúde, a triagem da sífilis gestacional deve ser solicitada já na primeira consulta de pré-natal no primeiro trimestre e repetido no terceiro trimestre.

Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools