Journal Information
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Full text access
REAÇÃO ANAFILÁTICA APÓS PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO CONTRA RAIVA COM VACINA DE CULTIVO EM CÉLULA VERO E IMUNOGLOBULINA HETERÓLOGA: RELATO DE CASO
Visits
228
Adriana Baqueiro Abad Ribeiroa,
Corresponding author
adrianababad@gmail.com

Corresponding author.
, Alexandre de Almeidaa, Ana Paula Rocha Veigaa, Ana Karolina Barreto Berselli Marinhob, Ana Paula Augusto dos Santosa
a Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), São Paulo, SP, Brasil
b Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

More info

Anafilaxia após a vacinação é rara, ocorrendo a uma taxa de 1,31 episódios por 1 milhão de vacinas, podendo ocorrer entre pessoas sem história de hipersensibilidade prévia. A raiva é uma doença fatal com quase 100% de mortalidade se a profilaxia pós exposição não for eficaz oportuna e adequada. Paciente feminina, 51 anos, mordedura canina múltipla em mão e antebraço direito no dia 17 de setembro de 2022. Realizou lavagem local com água e sabão. Negava história pessoal de alergia, contato com equinos ou uso prévio de soro heterólogo. Cão não observável. 2 dias após o acidente iniciada a profilaxia com vacina antirrábica purificada de células VERO intramuscular e, programado esquema 0-3-7-14. Na 3a dose da vacina, administrado concomitantemente imunoglobulina antirrábica equina (ERIG) na dose de 40 UI/kg totalizando 12,4 mL, em 3 aplicações intramusculares em nádegas. Logo após iniciou prurido e vermelhidão nos locais das aplicações. Após 15 minutos, tosse seca e sensação de pigarro. Paciente foi liberada após cerca de 1 hora e logo que chegou em casa notou início de edema em lábios, prurido e hiperemia no rosto. Admitida no hospital afônica e com placas eritematosas e pruriginosas disseminadas pelo corpo. Feito adrenalina intramuscular, corticoide e anti-histamínico. Permaneceu internada em unidade de terapia intensiva por 4 dias e não necessitou de ventilação mecânica. Encaminhada para avaliação no ambulatório de eventos adversos pós vacina do Instituto de Infectologia Emílio Ribas em 20 de outubro. Coletada sorologia antirrábica no dia 24 de outubro – 4 semanas após administração da ERIG, cujo resultado foi um titulo de 2,0 UI/mL. Repetida em 14 de dezembro e 15 de fevereiro de 2023 com titulo de 1,5 e 0,67 UI/mL respectivamente. Avaliada pela equipe da imunologia do Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo em 5 de abril de 2023, realizado prick test com amostras da vacina, imunoglobulina antirrábica humana e ERIG, cujo resultado foi positivo para ERIG. Realizado teste cutâneo intradérmico na diluição 1:100 também positivo para ERIG, sem manifestações sistêmicas. Coletada sorologia em 19 de abril de 2023 com resultado de 5,33 UI/mL. No controle sorológico após realização dos testes intradérmicos foi evidenciado um titulo alto de anticorpos neutralizantes, o que pode ser explicado pelo fato desses testes terem funcionado como uma “dose booster” de vacina e ativado a imunidade de memória gerada pelo esquema de vacinação prévio.

Palavras-chave:
Anafilaxia Raiva Imunoglobulina Antirrábica Equina Vacina VERO
Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools