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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐241
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RELATO DE CASO: SÍFILIS ÓSSEA EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE
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Lucas Eduardo Santos Fonseca, Izabela Resende E. Costa, Isabela Lobo Lima, Luisa Paschoal Prudente, Thiago Piterman Martins, Matheus Pessoa Soares Oliveira, Pedro Henrique Emygdio, Luciana Moreira Soares, Herbert José Fernandes, Cristina Maria Miranda Bello
Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME), Barbacena, MG, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode ser classificada segundo ao tempo, precoce ou tardia, e segundo suas manifestações clínicas como primaria, secundária, terciária e latente. É declarada como uma epidemia no Brasil, motivo que pode ser atribuído, em parte, pelo comportamento sexual de risco da população e pelo aprimoramento do sistema de vigilância. A disseminação hematogênica do Treponema, aliada a alta afinidade da bactéria pelo tecido ósseo possibilita a progressão da doença para alterações osteolitícas ou osteoblásticas nos ossos, com predileção pelos ossos superficiais. O diagnóstico deve ser considerado diante um quadro de febre persistente, associada a dores localizadas contínuas exacerbadas pela palpação óssea e edema na região afetada.

Objetivo: Relatar um caso de sífilis óssea em paciente imunocompetente com o auxílio de método de imagem diagnóstica.

Metodologia: Paciente do sexo feminino, 36 anos, imunocompetente, com história patológica pregressa de sífilis refratária, e transtorno de humor em uso de Alprazolam, Ácido valpróico, iniciou quadro de nodulações faciais associada a linfadenomegalia dolorosa em região inguinal e cervical bilaterais. Realizada tomografia computadorizada de crânio que evidenciou lesão lítica em osso frontal direito e VDRL em titulação de 1:32.

Discussão/Conclusão: A sífilis além de ser uma doença com sintomatologia variada, o que dificulta o diagnóstico diferencial, o acometimento ósseo não é comumente visto, o que torna sua prevalência atual difícil de se estimar. Porém a presença de lesões mucocutâneas, rash e linfadenopatia concomitantes com dor óssea sugere a investigação para osteíte sifilítica. O exame físico é importante para a suspeita clínica, principalmente quando se notam nodulações em áreas ósseas. A tomografia computadorizada é para a confirmação de atividade osteolítica e associado com exame sorológico para sífilis, confirma o diagnóstico.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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