Journal Information
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-213
Open Access
SEPSE MATERNA: ASPECTOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS E PROGNÓSTICOS - HOSPITAL DA PUC-CAMPINAS ENTRE 2014 E 2020
Visits
1059
Lais Bomediano Souza, Elisa Teixeira Mendes
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Abstract
Full Text
Download PDF
Statistics
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S2
More info
Introdução

Sepse materna é hoje a terceira causa de morte materna no mundo. Os principais fatores de risco descritos são: idade avançada, diabetes mellitus, hipertensão arterial e parto cesárea. Ainda existem desafios em sua abordagem e tratamento, sendo o atraso diagnóstico, como falhas na aplicação do protocolo sepse, fator determinante no desfecho clínico.

Objetivo

Avaliar e descrever características clínicas, epidemiológicas e de prognóstico de pacientes com sepse materna no Hospital PUC-Campinas no período de janeiro 2014 a agosto 2020.

Método

Estudo de coorte retrospectiva, que avaliou todos os casos de sepse materna atendidos no hospital PUC-Campinas entre 2014 e 2020. Foram coletadas variáveis clínicas e epidemiológicas dos casos e realizado estudo estatístico (Epiinfo 3.1.1) para análise do desfecho de gravidade (internação em UTI). Variáveis categóricas comparadas pelo teste qui-quadrado e variáveis contínuas pelo teste-t. O valor de p < 0,05 foi considerado significativo.

Resultados

Foram registrados 123 casos de sepse materna. A idade média foi de 21 anos e a maioria eram gestantes e com comorbidades (59%), destacando-se infecção do trato urinário (ITU) de repetição, doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) com 9% e diabetes mellitus gestacional (DMG) com 15%. Os sintomas mais prevalentes foram: febre (85%), dor lombar (46%) e polaciúria/disúria (30%) e o principal foco infeccioso foi ITU (52%). A internação em UTI ocorreu em 13%. Observamos falhas em indicadores da primeira hora do atendimento (Tabela 1). Ter DHEG (p = 0,02) e cesária prévia (p = 0,04) foram relacionados à maior risco de internação em UTI, e foco urinário teve efeito protetor nesse desfecho. No período houve 1 óbito por sepse materna.

Conclusão

A morte materna é considerada evento sentinela para os sistemas de saúde e reflete falhas no pré-natal, assistência ao parto e pós-parto. Destaca-se a importância do diagnóstico precoce e da avaliação de fatores de risco que definem pior prognóstico. Falhas na abordagem precoce foram evidenciadas neste estudo, assim como fatores que conferem pior prognóstico como DHEG e cesárea prévia.

Full Text

Tabela 1 - Indicadores da 1ª hora de atendimento.

Ações realizadas após 1ª hora  n (%) 
coleta de lactato  45 (36) 
coleta de culturas  67 (54) 
introdução da antibioticoterapia  46 (37) 

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools