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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐068
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TEMPO DE POSITIVIDADE DO RT‐PCR PARA SARS‐COV2 EM CRIANÇAS INTERNADAS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM RECIFE/PERNAMBUCO
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Amanda Carvalho Feitoza, Ana Luiza Nogueira Gonçalves, Lucas Japhet Valença Albuquerque, Paula Teixeira Lira, Ana Carla Moura, Maria Angela Wanderley Rocha, Diana Maria Gouveia Aires Novais, Regina Coeli Ferreira Ramos
Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: O espectro clínico em crianças infectadas pelo SARS‐Cov2 é amplo, porém aproximadamente 2,4% do total de casos notificados entre indivíduos menores de 19 anos apresentam quadros leves. O diagnóstico é realizado através da coleta do RT‐PCR para SARS‐Cov2 através de swab nasofaríngeo.

Objetivo: Analisar o tempo de positividade do RT‐PCR para SARS‐Cov2 por meio de swab nasofaríngeo em crianças internadas.

Metodologia: Estudo observacional descritivo em crianças e adolescentes até 13 anos com COVID‐19, com ou sem comorbidades, internados em hospital de referência em Recife/Pernambuco entre março/2020 e setembro/2020 tendo realizado dois exames de RT‐PCR para SARS‐Cov2. Foram excluídas crianças com um exame RT‐PCR e/ou teste rápido para SARS‐Cov2.

Resultados: Do total de 289 crianças internadas, 99 (35%) foram confirmadas COVID‐19. Destas, dez que tinham RT‐PCR para SARS‐Cov2 positiva, realizaram um segundo o swab para avaliar negativação do exame para transferência para outros serviços ou instituições. Destes, 6 (60%) eram do sexo masculino. Em relação às comorbidades: Dois (20%) tinham leucemia linfóide aguda, um (10%) fibrose cística, um (10%) estava em investigação para imunodeficiência primária, um (10%) nefropata sem repercussão sistêmica (hidronefrose bilateral), um (10%) síndrome congênita do zika e quatro (40%) não tinham relato de comorbidades. A mediana de idade desses pacientes foi de 5 anos. O tempo médio entre os primeiros sintomas e coleta do primeiro swab foi 5,2 dias. Quanto a sintomatologia inicial, cinco (50%) apresentaram febre, três (30%) tosse, dois (20%) dor abdominal, um (10%) cianose e um paciente negou sintomas. O tempo médio de internamento desses pacientes foi 11,6 dias e todos evoluíram satisfatoriamente tendo alta domiciliar. A média de tempo entre o primeiro swab e a negativação do RT‐PCR para SARS‐Cov2 foi 14 dias.

Discussão/Conclusão: Ainda são poucos os dados disponíveis para melhor entendimento quanto a manutenção da positividade do SARS‐Cov2 em crianças. Esse estudo alerta quanto a média de dias de positividade do RT‐PCR para SARS‐Cov2 e possível tempo de transmissibilidade em crianças, principalmente em pacientes imunossuprimidos para melhor avaliar o período de isolamento. Lembramos que a maioria das crianças podem ser assintomáticas inicialmente, o que dificulta a possibilidade de traçar uma linha de tempo mais precisa.

Sendo importante manter os cuidados de precaução e isolamento já amplamente discutido desde o início da pandemia.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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