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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS T-LINFOTRÓPICO HUMANO (HTLV) EM MULHERES QUE FAZEM SEXO COM MULHERES NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL
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Thaís Mayara da Silva Carvalhoa,
Corresponding author
thaissmcv@gmail.com

Corresponding author.
, Diogo Oliveira de Araújob, Maria Eduarda de Sousa Avelinoa, José Jorge da Silva Galvãob, Wanderson Santiago de Azevedo Juniorc, Felipe Bonfim Freitasd, Eliã Pinheiro Botelhoc, Luiz Fernando Almeida Machadob
a Programa de Pós-graduação em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA, Brasil
b Laboratório de Virologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA, Brasil
c Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA, Brasil
d Laboratório de Virologia, Serviço de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, Instituto Evandro Chagas (IEC), Belém, PA, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

O vírus T-linfotrópico humano (HTLV) que pertence à família Retroviridae é considerado um vírus negligenciado, pois não há uma descrição precisa acerca dos dados epidemiológicos da infecção, principalmente na Região Norte do Brasil, especialmente em populações de alta vulnerabilidade social. Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo descrever a prevalência de HTLV em mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM) no município de Belém, Pará, Brasil.

Métodos

O estudo foi do tipo transversal, descritivo e analítico. As informações epidemiológicas foram obtidas por meio de entrevistas realizadas em ações sociais no município de Belém, Pará, Brasil no ano de 2022 a 2023. Foram coletadas amostras de sangue total (5 mL) para a pesquisa de anticorpos anti-HTLV-1/2 por ELISA e posteriormente o Western blot (WB) para diferenciação do tipo viral.

Resultados

Foram analisadas amostras de 121 participantes, com média de idade de 25 anos. A maioria das mulheres eram bissexuais (61,2%; 74/121), com a faixa etária de 22 a 25 anos (38%; 46/121), com a renda familiar de dois a três salários-mínimos (39,7%; 48/121) e tinham o ensino superior (55,4%; 67/121). Quando questionadas acerca do conhecimento sobre o HTLV antes da aplicação do questionário, 84/121 (69,4%) nunca tinham ouvido falar da infecção. A prevalência da infecção pelo HTLV foi de 0,8% (1/121), tendo sido identificado o HTLV-2. Trata-se de uma mulher lésbica, de 46 anos, casada com outra mulher, autodeclarada parda com o ensino médio completo e renda de 1 salário-mínimo, que nunca ouviu falar sobre HTLV e, consequentemente, nunca havia feito o rastreio para a infecção.

Conclusão

Os resultados iniciais demonstram que a prevalência da infecção pelo HTLV em MSM na Região Metropolitana de Belém é semelhante ao observado na população em geral. No entanto, o baixo grau conhecimento acerca do HTLV e suas formas de transmissão nesta população pode aumentar a vulnerabilidade para a aquisição da infecção, sendo necessária a criação de políticas públicas voltadas a promoção de saúde pública nesta população específica.

Palavras-chave:
HTLV Infecção sexualmente transmissível Mulheres que fazem sexo com mulheres
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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