Journal Information
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐165
Full text access
AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA HEPATITE C NA REGIÃO NORTE: UM RECORTE DE 2015 A 2018
Visits
1814
Dafne Dalledone Moura, Ana Beatriz Nardelli da Silva, Juliana de Oliveira Silva, Daniella Adrea Araujo Rossi Vieira, Izaura Maria Vieira Cayres Vallinoto
Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Full Text

Introdução: A Hepatite C é causada pelo Vírus da Hepatite C (HCV) e tem magnitude global. Com tropismo para o fígado, o HCV é transmitido sobretudo via parenteral, pela exposição percutânea a objetos contaminados, como seringas, agulhas e lâminas. Essa doença é a principal causa dos transplantes hepáticos no mundo. Além disso, é comum que ela se torne crônica em 60 a 90% dos infectados. Apesar de sua gravidade, os casos agudos e crônicos em geral ou não possuem sintomas ou são inespecíficos, como anorexia e fadiga. Normalmente são realizados testes para marcadores sorológicos de replicação viral para detecção. Por ter alta capacidade mutagênica, ainda não foi desenvolvido vacina anti‐HCV, por isso a terapia está relacionada à prevenção para população e à aplicação de antivirais para infectados.

Objetivo: Análise clínica e epidemiológica da hepatite C no período de 2015 a 2018 na região Norte.

Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo e descritivo, do perfil da hepatite C no período de 2015 a 2018 a partir de dados retirados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

Resultados: Na região Norte, de 2015 a 2018, foram notificados 4.803 casos de Hepatite C, mesmo número de casos notificados utilizando‐se um dos marcadores: anti‐HCV ou HCV‐RNA reagente. Já os que possuíam ambos os marcadores, pacientes crônicos, a quantidade foi de 1.342 casos. A taxa de incidência de casos/100 mil habitantes em cada ano foi de 8,7; 6,0; 6,6 e 5,7; respectivamente. O sexo masculino apresentou 2.703 casos; o feminino, 2.095. Sobre os estados da região Norte, Acre apresentou 539 casos; Amapá, 140; Amazonas, 1230; Pará, 1179; Rondônia, 1259; Roraima, 269; e Tocantins, 187. Ao comparar o Norte com o Sudeste, este notificou 58.680 casos no mesmo período, com taxa de incidência média de 16,95 casos/100 mil habitantes nos quatro anos, enquanto no Norte foi de 6,75 casos/100 mil habitantes.

Discussão/Conclusão: A análise da Hepatite C de 2015 a 2018 revela que a região Norte apresenta índice de incidência médio 2.5 vezes menor que a região Sudeste. Isso pode ser justificado por uma subnotificação ou menor taxa de casos. Ademais, 2015 foi o ano com maiores índices de contágio da doença, podendo indicar descuido populacional em relação à transmissão, como o compartilhamento de seringas/agulhas de tatuagem, acupuntura, alicates e até mesmo inalação de drogas com canudos contaminados. Já em 2018, obteve‐se os menores índices, indicando um decréscimo do número de casos.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools