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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐443
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COINFECÇÃO NEUROSSÍFILIS E NEUROCRIPTOCOCOSE EM PACIENTE PORTADOR DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA: RELATO DE CASO
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Isadora Abraão Souza, Matheus Cordeiro Marchiotti, João Nobre Cabral, Andre Pelosi Alves, Laís Tiveron Gonçalves, Paulo Eduardo Mesquita
Hospital Regional de Presidente Prudente, Presidente Prudente, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Aproximadamente 40‐60% dos pacientes com diagnóstico de Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) terá algum acometimento no sistema nervoso central podendo ser Neurocriptococose, Neurossífilis ou outras patologias, sendo estas as mais comuns, com apresentação clínica semelhante entre si. A Criptococose é uma micose causada pelo Cryptococcus neoformans, sendo esta espécie responsável por atingir pacientes imunossuprimidos. A Neurocriptococose incide sobre 5% dos pacientes HIV positivos e cursa com febre, sinais neurológicos, papiledema e seu diagnóstico é feito pelo exame micológico direto com preparação da tinta nanquim, antígeno criptocócico liquórico e a cultura. O tratamento é feito com Anfotericina B, Fluconazol e Fluocitosina. Já a sífilis é uma doença infecciosa causada pelo Treponema pallidum de transmissão predominantemente sexual. A neurossífilis (NS) pode ser sintomática com forma parenquimatosa ou meningovasculares e as apresentações clínicas variam com o local acometido. A presença de teste não treponêmico no soro e líquor definem o diagnóstico. O tratamento se faz com Penicilina Cristalina.

Objetivo: Relatar um caso de coinfecção de Neurossífilis e Neurocriptococose em um paciente portador do vírus HIV

Metodologia: Paciente, portador de HIV em abandono de tratamento há 4 meses, deu entrada com quadro de cefaleia de forte intensidade e náuseas há 8 dias, associado a febre esporádica. Na admissão possuía rigidez de nuca sem fotofobia e uma carga viral de 667 com CD4 de 28 e VDRL 1/1024, no soro. Feito Ressonância de Crânio com lacuna isquêmica recente capsulonuclear na cabeça do núcleo caudado à direita sem desvio de linha média e punção liquórica com padrão de meningite linfomononuclear e VDRL de 1/2, no líquor, tinta nanquim positiva e antígeno látex para criptococo 1:1024. Iniciado tratamento conjunto por 14 dias de Anfotericina B, Desoxicolato, Fluconazol e Penicilina Cristalina, mantido na alta Fluconazol para dose de consolidação, retorno da terapia Antirretroviral e encaminhamento para Ambulatório de Infectologia para seguimento do paciente.

Discussão/Conclusão: As neuroinfecções são frequentes nos pacientes portadores de HIV e possuem apresentações clínicas semelhantes. A dominância nas formas de diagnóstico bem como a instituição da terapêutica precoce, tem reduzido a mortalidade nas infecções oportunistas e tem propiciado uma melhor qualidade de assistência a saúde aos pacientes.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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