Journal Information
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 80-81 (December 2018)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 80-81 (December 2018)
EP‐091
Open Access
EFEITO DA MELATONINA EM PACIENTES COM AIDS QUE USAM TERAPIA ANTIRETROVIRAL DE ALTA POTÊNCIA (HAART)
Visits
6144
Aurea Regina Telles Pupulin, Flavia Rocha Nerone, Gabriel Fernandes Messias, Miguel Spack Jr.
Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Full Text

Ag. Financiadora: Fundação Araucaria

N°. Processo: ‐

Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 8 ‐ Horário: 13:37‐13:42 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: A terapia antiretroviral combinada de alta atividade (Highly Active Antiretroviral Therapy ‐ HAART) causou profundo impacto na historia da infecção pelo HIV com diminuição da mortalidade e da ocorrência de infecções oportunistas. Por outro lado, eventos adversos associados à terapêutica têm sido identificados, entre eles as alterações metabólicas, hepatopatias, síndrome lipodistrófica, depressão e distúrbios do sono. A melatonina (n‐acetyl‐5‐methoxytryptamina), um neuro‐hormônio sintetizado durante a noite, encontra‐se em plantas e animais. Em vertebrados é sintetizada pela glândula pineal e uma grande variedade de órgãos e células. Numerosos estudos indicam um efeito antioxidante e antiapoptótico e demonstram que seu uso reduz a toxicidade e aumenta a eficácia de drogas usadas em vários tratamentos.

Objetivo: Avaliar os efeitos da administração da melatonina (6mg/dia/30 dias) em pacientes submetidos a terapia antirretroviral (HAART).

Metodologia: Foram selecionados 20 pacientes que participam do projeto de extensão Naphiv (Núcleo de Estudo e Apoio ao Paciente HIV)/Universidade Estadual de Maringá (UEM) submetidos ao tratamento com terapia antirretroviral de alta potência (Ritonavir, Lamivudina, Atazanavir e Tenofovir) e que apresentavam alterações metabólicas. Foi feita avaliação clínica antes e após o tratamento com melatonina, bem como dosagens séricas de colesterol, triglicérides, enzimas hepáticas (AST, ALT), usaram‐se métodos específicos. Os resultados foram analisados com GraphPad Prism e o teste t de Student.

Resultado: Houve melhoria nos níveis de glicemia em 65% (13/20) dos pacientes e nos níveis de colesterol em 60% (12/20) dos pacientes. Níveis de triglicérides e de enzimas hepaticas permaneceram inalterados. Todos os pacientes relataram melhoria no sono e humor.

Discussão/conclusão: A melatonina pode reduzir a destruição tissular durante a resposta inflamatória tanto diretamente, através da varredura de radicais livres, quanto indiretamente, diminui a produção de citocinas e moléculas de adesão, as quais contribuem para o dano celular. Os estudos que existem sobre a administração de melatonina em indivíduos normais indicam ausência de efeitos adversos significativos.

Considerando a baixa toxicidade da melatonina e a possibilidade de diminuir os efeitos tóxicos da HAART, o estudo indica a possibilidade de seu uso como adjuvante no tratamento da Aids.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools