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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 246
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IDENTIFICAÇÃO DE METALO-BETALACTAMASES E O PERFIL DE SENSIBILIDADE PARA NOVOS ANTIMICROBIANOS EM HOSPITAL DE ENSINO NO BRASIL: PASSO FUNDAMENTAL PARA TERAPIA DE ALVO RACIONAL
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Jorge Luiz Nobre Rodriguesa, Henry Pablo Lopes Campos e Reisa, Júlio César Castro Silvab, Amanda Rocha de Oliveirab, Danilo Maciel Araújob, Lorena Karla Estevam da Silvab, Maria Gabrielle Oliveira e Silva Linharesb, Lucas Oliveira Limab, Michelle Verde Ramo Soaresb, José Walter Brilhante Júniorb, Thaís da Silva Moreirab, Ana Carolina Viana de Oliveira Limab, Lívia Santiago de Paulab, José Martins de Alcântara Netoa
a Hospital Universitário Walter Cantídio, Fortaleza, CE, Brasil
b Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

A identificação do perfil de resistência a antimicrobianos (ATM) tem se tornado cada vez mais importante na prática clínica frente ao cenário de multirresistência. Testes como mCIM (Método de Inativação de Carbapenem Modificado) e eCIM (Método de Inativação de Carbapenem Modificado por EDTA), combinados com testes de sensibilidade, levam a uma terapia-alvo mais racional.

Método

Estudo retrospectivo de janeiro a dezembro de 2020. Os dados foram tabulados em um banco de dados eletrônico do Programa Stewardship for Antimicrobials (ASP) de um hospital de referência no Brasil. O teste mCim foi utilizado para detectar bactérias produtoras de carbapenemases e, em caso de positividade, o teste eCim foi realizado para identificar serina e metalo-betalactamases em enterobactérias. A avaliação da sensibilidade foi realizada pelo Etest® (Teste de Sensibilidade Antimicrobiana) e os pontos de corte BRCAST foram usados como padrão.

Resultados

Foram analisados 78 pacientes com perfil de bactérias gram-negativas resistentes aos carbapenêmicos (BGN-RC). Foram realizados 118 testes mCIM e 68 testes eCIM. Sendo 51,69% (61/118) Klebsiella pneumoniae e 42,37% (50/118) Pseudomonas spp. Em relação ao perfil de resistência de Klebsiella pneumoniae, 88,5% (54/61) eram serino-betalactamase e 11,5% (7/61) eram metalo-betalactamase. Quanto à sensibilidade, 90,6% (48/53) com perfil de serino-betalactamase eram sensíveis a Ceftazidima/Avibactam e 9,4% (5/53) eram resistentes. Para Pseudomonas spp., 60% (30/50) eram produtores de carbapenemase, 36% (18/50) não eram produtores de carbapenemase e 4% (2/50) eram indeterminados. Entre os produtores de carbapenemase, 53,3% (16/30) eram serino-betalactamases, 43,3% (13/30) metalo-betalactamase e 3,4% (1/30) não foram testados. Para Pseudomonas spp., os produtores de carbapenemase 55,2% (16/29) foram sensíveis a Ceftazidima/Avibactam, e entre aqueles com perfil não enzimático 94,4% (17/18) foram sensíveis a Ceftolozone/Tazobactam.

Conclusão

A maior parte do BGN-RC apresentou produção de serino-betalactamases, com bom perfil de sensibilidade para o novo ATM. No entanto, foram identificados casos preocupantes em que as opções terapêuticas são praticamente inexistentes, como nas metalo-betalactamases. Assim, a terapia-alvo torna-se imprescindível para o uso racional e eficiente da ATM.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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